-Imagem (1.1998538)O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que é melhor não esticar as polêmicas com o governo. Nesta segunda-feira (9), Jair Bolsonaro voltou a dizer que a eleição de 2018 foi fraudada e, por isso, não ganhou no 1º turno. Também afirmou que Maia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), poderiam murchar as manifestações do dia 15 caso se colocassem contra o Orçamento impositivo.Os atos têm sido insuflados por políticos bolsonaristas e pelo próprio presidente da República.“Vocês sabem o que o presidente vem dizendo. O que estou dizendo é o seguinte: se nós entrarmos nesse conflito, nós vamos estar jogando, ajudando o governo a jogar o Brasil numa recessão. Nós não podemos ser parte disso”, disse Rodrigo Maia.O político deu as declarações nesta terça-feira (10) ao chegar à Câmara. Perguntado especificamente sobre a afirmação de Bolsonaro de que a eleição teria sido fraudada, disse: “O TSE [Tribunal Superior Eleitoral] já respondeu”.“Vamos ao que interessa: nós temos 52 milhões de brasileiros vivendo com 5 dólares por dia”, disse Maia.O político voltou a defender a aprovação de reformas estruturais na economia. Ele, porém, afirma que elas são insuficientes para fazer o país voltar a crescer.“Sozinhas elas não vão recompor e recuperar o crescimento da nossa economia, que já vinha baixo antes do petróleo e do coronavírus. Mas elas organizam, continuam o trabalho de reorganização do Estado brasileiro.” O mercado financeiro viveu um dia de pânico nessa segunda-feira (9) com a baixa do preço do petróleo. A Bolsa de São Paulo (B3), chegou a interromper os negócios para controlar as perdas. Terminou o dia com baixa de 12%.Maia também cobrou que o governo tome medidas para estimular a economia. Ele falou, inclusive, em flexibilizar o teto de gastos públicos no futuro.“Não defendo nesse momento abrir o teto de gastos. Esse debate deve e pode acontecer, principalmente na parte de investimentos, depois que nós tivermos as despesas correntes organizadas”, disse Maia.