Citada na ação do Ministério Público do Tocantins que pede o ressarcimento de R$ 500 mil repassados por emendas parlamentares para o Clube do Automóvel, suspeitas de desvio, a empresa Bambu Produções declarando que o único ato da empresa no processo investigado foi ter apresentado um orçamento.“A empresa não foi a vencedora, não executou os serviços, não foi terceirizada para tal, e nem recebeu qualquer recurso”, diz o texto enviado ao Jornal do Tocantins.O Ministério Público processa os deputados estaduais Amélio Cayres (SD), Cleiton Cardoso (PTC), Nilton Franco (MDB) e o ex-deputado e atual governador interino Wanderlei Barbosa (sem partido) por serem autores de emendas para o Automóvel Clube do Estado do Tocantins (Acet) em três convênios firmados com a Seduc (Secretaria da Educação, Juventude e Esportes). O órgão quer o ressarcimento de R$ 500.410,10 dos alvos Eduardo Noleto, ex-presidente do clube, dos empresários Mariza dos Santos, Marcelo Marques de Lima, Aryane Gomes Leitão e Juarez Barbosa e das empresas por eles controlados: ACET (Automóvel Clube do Estado do Tocantins), AGL Produções e Eventos, Marques e Godoy Ltda., Araújo e Guarim Ltda e Arara’s Service. De acordo com o MP, os convênios não tinham fiscais de contrato na execução dos serviços, não há comprovação efetiva das atividades esportivas no interior do Estado e apenas quatro empresas, que o órgão considera “de fachadas” subsidiavam os valores dos projetos do Clube do Automóvel. Segundo o MP, as empresas também emitiam notas fiscais “frias”. Para o MP, as empresas AGL Produções e Eventos, Marques e Godoy Ltda., Araújo e Guarim Ltda. e Arara’s Service não tinham capacidade operacional e apresentavam propostas de preços dos serviços bem acima ao valor de mercado e com itens superestimados, uma forma de favorecer a escolhida.Com base em vistoria do Tribunal de Contas do Estado e do Núcleo de Inteligência do MP nenhuma dessas empresas possuía estrutura física nem funcionários para a prestação de serviços existentes nas notas fiscais que emitiam.O MP cita não ter encontrado no Ministério do Trabalho nenhum registro de vínculo empregatício nas empresas AGL Produções, Bambu Produções e Arara’s Service.Em sua resposta, a empresa afirma que “simplesmente forneceu um orçamento” ao clube, mas o orçamento foi contemplado como “menor orçamento”.De acordo com o texto, o orçamento faz parte do processo para comprovar que a empresa escolhida tinha um orçamento menor que o da empresa Bambu. “O único ato da empresa nesse processo é a missão do orçamento solicitado” e por isso a empresa irá pedir sua exclusão da ação. Leia tudo que o JTo publicou sobre o caso Deputado Cleiton Cardoso nega desvio de recursos para clube do automóvel e pede fim da açãoDeputados processados por suspeita de desvio de R$ 500 mil para eventos automotivos