-Imagem (1.1899535)O desembargador federal do 1ª Tribunal Regional Federal Hilton Queiroz negou liminar pedida pela defesa do ex-governador Marcelo Miranda (MDB) o que mantém o político preso preventivamente no Quartel do Comando Geral de Palmas. O Habeas Corpus tramitará normalmente até decisão final sobre o pedido. Até lá, o ex-governador segue preso.No pedido liminar, o advogado Jair Pereira defendia que os crimes investigados pela Operação Reis do Gado são antigos e, apesar do depoimento do delator Alexandre Fleury em março desse ano, não existem fatos contemporâneos que justifiquem a prisão preventiva, e, sim, outras medidas cautelares.Hilton Queiroz, porém, citou que a delação homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) trouxe à tona "crimes praticados pela organização criminosa, à qual pertencia o paciente (Marcelo Miranda), destacando-se, entre os delitos, homicídio, ocultação de bens e disputas de terras" e há necessidade de investigações serem "realizadas sem qualquer tipo de interferência, inclusive para se aferir se os delitos têm repercussão e continuidade no tempo presente".O ex-governador está preso desde a quinta-feira, 26, após operação “12º Trabalho” da Polícia Federal que também prendeu seu pai, Brito Miranda, solto após fiança de quase R$ 200 mil, e seu irmão, Brito Júnior, que também segue preso na CPP de Palmas.A ação investiga uma organização criminosa envolvida em várias operações da Polícia Federal, suspeita de manter um sofisticado esquema de corrupção que envolve ainda crimes como apropriação de bens públicos, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de capitais com prejuízos estimados em mais de R$ 300 milhões.