O silêncio do conselho federal da OAB, o dos procuradores e associações classistas do Ministério Público Federal e de jornalistas-estrelas bajuladores de Alexandre de Moraes, diante dos bastidores revelados pela jornalista Bela Megale, fazem corar os mais caras-de-pau da República tabajara. A cegueira institucional e classista sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal é um espelho do que é o compadrio corporativista no Brasil do atraso moral. Para estes, vale simplesmente fechar os olhos e deixar a poeira baixar. Na fila das perguntas, um contrato de inacreditáveis R$ 129 milhões para uma advogada sem histórico de grandes causas, mas sua esposa; a suspeita sobre o tráfico de influência no BC por um banco cliente da esposa; os imóveis milionários comprados sob o bojo de um instituto de educação que blinda o bolso contra impostos imobiliários. E segue o baile da vergonha alheia.