Não tem a ver com Jair Bolsonaro. O presidente americano Donald Trump é protecionista, e quer fazer valer sua política internacional. A Coluna conversa com diplomatas de diferentes países que acompanham o cenário. Aos fatos: Trump tem uma agenda bem preparada pela assessoria. Havia espaço para dedicar 10 minutos ao Brasil. No pacote tinha afago ao ex-presidente Bolsonaro e cerco à China e Rússia, seus rivais diretos no livre mercado. E como seria? Através do Brasil, que se alinhou aos dois, ao Irã, e tem criticado os EUA nas falas do presidente Lula da Silva. A China ‘matou’ o Mercosul – negocia diretamente com os países do bloco – e em outra ponta engole os BRICS. Os EUA, que passaram para o 2° parceiro bilateral no Brasil, perceberam que vão perder mais ainda do comércio precioso com nosso País. Trump decretou a taxação para provocar o Brasil e pressionar Lula a negociar o que ele quer, como tem feito com outros países. O saladão do texto de Trump causou aqui a confusão que ele queria. Mas o Governo do Brasil sabe bem que o dedo do Tio Sam aloprado apontado para cá não é para defender Bolsonaro, e sim para preservar o bolso dos americanos.