Os oito vereadores da cidade de Araguanã, às margens do Rio Araguaia, no norte do Tocantins irão escolher no domingo uma mulher para comandar o município até 31 de dezembro de 2020. A mesa diretora da Câmara Municipal analisou as impugnações e homologou duas candidatas. Atual prefeita interina, a pescadora Irene Rodrigues Ramos Duarte, a Nilva (PSD), encabeça uma chapa só de mulheres. Vereadora eleita em 2016, ela tem 50 anos e elegeu-se vereadora em 2016. Sua candidata a vice é Maria de Lourdes Fortaleza, a Maria do Telefone (DEM), piauiense de Ipiranga, 56 anos, que disputou uma vaga na Câmara, em 2016, pelo DEM. Na oposição, Raimunda Silva Leite encabeça chapa puro sangue com Cicero Alves de Sousa, ambos do PSC. Raimunda é esposa do ex-prefeito de Araguanã, Alan Brasil Alves de Sousa, que comandou o município até 2016. Durante o mandato do esposo, a então primeira-dama era secretária de Assistência Social e Habitação. Os últimos tiveram o pedido de registro impugnado, mas apresentam as certidões faltantes, da Justiça Federal e da Justiça Estadual e a ata do partido e estão registrados para a disputa, marcada para as 9 horas no plenário da Casa. A eleição ocorre porque o prefeito e o presidência da Câmara Municipal morreram e não há ninguém na linha sucessória para assumir o município. As regras e calendário saíram em publicações do Diário Oficial de sexta-feira, 17, e sábado, 18 de julho, em atos publicados pela presidente interina da Câmara, Arly Cássia (PSD). Hernandes Neves de Brito, o Hernandes da Areia (DEM) era o vice-prefeito eleito na chapa de 2016 com o prefeito Fernando Luiz dos Santos, o Fernando do Osmar (PSD), que renunciou em dezembro de 2017, em razão dos problemas pessoas e para não sofrer prejuízo em seus negócios rurais. O democrata contraiu Covid-19 e se afastou para tratamento, quando o presidente da Câmara Cícero Cruz de Araújo (PSD) assumiu interinamente a gestão. No mandato em substituição, Cruz sofreu um infarto e morreu no dia 26 de junho. O prefeito afastado teve o quadro agravado e acabou por falecer por Covid-19, no sábado, 11 de julho, o que leva ao município a realizar duas eleições nesse ano, uma indireta em agosto e a direta em novembro. Na última reunião da Câmara Municipal para as eleições indiretas, dia 29, a presidente interina, Arly Cássia, a Arly do Bar (PSD) declarou que não há substituição de candidatos e as duas chapas estão aptas a concorrerem nas eleições do dia 2 de agosto. A eleição será indireta, com voto dos vereadores, em sessão extraordinária exclusivamente para eleger prefeito e vice, com mandato até 31 de dezembro. O voto será aberto e será eleito o que tiver maioria simples dos votos dos vereadores. Se houver empate, o mais velho será declarado vencedor. Por conta da pandemia de Covid-19 só somente permitida a entrada dos vereadores, funcionários, membros dos órgãos de assessoramento e direção da Câmara, além dos candidatos, um representante do Ministério Público e um do TRE/TO, dois policiais militares, de representante dos partidos dos candidatos e da imprensa. A prefeita eleita no domingo, comandará o município até 31 de dezembro.