O presidente Jair Bolsonaro está reunido nesta terça-feira, 27, no Palácio do Planalto, com os governadores dos estados que compõem a Amazônia Legal para discutir o combate às queimadas na região. O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM), publicou uma imagem da reunião nas redes sociais.<blockquote class="twitter-tweet">Reunião com presidente <a href="https://twitter.com/jairbolsonaro?ref_src=twsrc%5Etfw">@jairbolsonaro</a> e Governadores dos estados da Amazônia Legal. A reunião acontece no Palácio do Planalto em Brasília. <a href="https://t.co/BESWh5toUC">pic.twitter.com/BESWh5toUC</a>— Mauro Carlesse (@maurocarlesse) <a href="https://twitter.com/maurocarlesse/status/1166349959924502529?ref_src=twsrc%5Etfw">August 27, 2019</a></blockquote><script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>Na última sexta-feira, 23, o governo autorizou uma operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO), que ganhou o nome de GLO Ambiental, e nesta segunda-feira, 27, liberou R$ 38 milhões do orçamento do Ministério da Defesa, que estavam contingenciados, para as ações.Todos os nove estados da Amazônia Legal - Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas, Mato Grosso, Amapá, Pará, Maranhão e Tocantins - solicitaram adesão ao decreto da GLO e a ajuda das Forças Armadas para o combate ao fogo.A Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal apuram se houve ação criminosa nos incêndios que se intensificaram no início deste mês.

Bolsonaro se reúne com governadores dos nove estados que compõem a Amazônia Legal

Política

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Matéria - Politica - JTO

<img attr-cid="policy:1.3278069" attr-version="policy:1.3278069:1750187099" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3278069/NaturatinsJalapão.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Ação preventiva busca reduzir o risco de incêndios florestais no período de estiagem (Naturatins/Governo do Tocantins)

A visitação às Dunas do Jalapão, no Parque Estadual do Jalapão, será suspensa na próxima terça-feira (24) durante uma operação preventiva contra os incêndios florestais. A ação será realizada pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).

A visitação turística ficará temporariamente suspensa a partir das 14h, com previsão de retornar às atividades normalmente na quarta-feira (25).

Os&nbsp;vouchers de visitação às Dunas que foram emitidos para esta data poderão ser remarcados mediante agendamento prévio.

A operação de Manejo Integrado do Fogo (MIF) integra o planejamento anual da Unidade de Conservação, que ocorre neste período do ano por ser considerado o mais indicado para a execução das atividades preventivas.

<cite>O período escolhido para a realização das atividades é considerado ideal devido às condições climáticas mais favoráveis, como a redução dos ventos e o aumento da umidade relativa do ar, fatores que garantem maior segurança na operação e minimizam os riscos de propagação descontrolada do fogo”, explica a diretora de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Naturatins, Perla Oliveira.</cite>

A prática busca proteger os ecossistemas naturais da região e garantir a segurança das pessoas que frequentam o local. É também uma das estratégias utilizadas pelo instituto para tentar conter os futuros focos de incêndio com atividades de manejo, utilizando o próprio fogo de forma controlada.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/helicoptero-pousa-nas-dunas-do-jalap-o-e-naturatins-suspeita-de-crime-ambiental-1.3238580" target="_blank">Helicóptero pousa nas Dunas do Jalapão e Naturatins suspeita de crime ambiental</a> 
<a href="http://www.jornaldotocantins.com.br/esporte/rally-jalap-o-2025-confirma-programac-o-oficial-da-11-edic-o-1.3270433" target="_blank">Rally Jalapão 2025 confirma programação oficial da 11ª edição</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/serras-gerais-conheca-destino-paradisiaco-no-tocantins-apontado-pela-policia-como-rota-do-trafico-de-drogas-1.3274000" target="_blank">Serras Gerais: conheça destino paradisíaco no Tocantins apontado pela polícia como rota do tráfico de drogas</a></div>

<h2>Manejo Integrado do Fogo</h2>

Amparada pela Lei Federal nº 14.944/2024, que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, essa abordagem de gestão adaptativa do fogo é uma ferramenta fundamentada em estudos técnicos e científicos que reconhecemo fogo como parte da dinâmica ecológica natural em diversos biomas brasileiros, como o Cerrado.

O período entre os meses de maio e setembro é considerado de seca na região do Jalapão, elevando o risco de incêndios de grandes proporções. Em setembro de 2024, por exemplo,&nbsp;as Dunas do Jalapão foram fechadas para visitação após incêndios florestais na região.

O manejo integrado permite o uso controlado e técnico do fogo em pequenas áreas, sob condições meteorológicas adequadas, reduzindo a quantidade de material inflamável e prevenindo incêndios severos que poderiam causar danos significativos à biodiversidade e aos atrativos turísticos da região.

<img attr-cid="policy:1.3278087" attr-version="policy:1.3278087:1750187321" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3278087/DunasJalapão.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Dunas do Jalapão atraem turistas de vários lugares do Brasil (Divulgação/Governo do Tocantins)

Principal ponto turístico

O&nbsp;Jalapão atrai pessoas de todos os lugares do mundo. Em julho de 2024, cerca de 8,5 mil pessoas visitaram as Dunas do Jalapão, sendo que 97% foram brasileiros e 3% estrangeiros.

Além das Dunas, a região também conta com outros pontos turísticos como os fervedouros, Cachoeira do Formiga, Pedra Furada, Serra da Catedral e Árvore dos Desejos.

*Reinaldo Carvalho é integrante do programa de estágio entre o Grupo Jaime Câmara e a Universidade Federal do Tocantins (UFT), sob supervisão de Patricio Reis.

Dunas do Jalapão terão visitação suspensa durante ação preventiva contra incêndios florestais; confira

Cidades

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Meio Ambiente

<img attr-cid="policy:1.3275206" attr-version="policy:1.3275206:1749569390" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3275206/Torres.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Torres sobre a minuta: "Não é a minuta do golpe. Brinco que é a minuta do Google" (Reprodução/TV Justiça)

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro Anderson Torres afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira (10) que a minuta de teor golpista encontrada em sua casa pela Polícia Federal foi uma fatalidade da rotina que tinha no Ministério. Ainda, que o texto tinha conteúdo corrente na sociedade na época e que deveria ir para o lixo.

<ul>
	<li>Veja vídeo no g1:<a href="https://g1.globo.com/politica/video/nao-e-a-minuta-do-golpe-eu-brinco-que-e-a-minuta-do-google-diz-anderson-torres-13668778.ghtml" target="_blank">&nbsp;'Não é a "minuta do golpe". Eu brinco que é a "minuta do Google"', diz Anderson Torres</a></li>
</ul>

"Nunca tratei isso com o presidente. A pasta foi organizada pela minha assessoria, foi parar na minha casa. Isso foi uma fatalidade que aconteceu, e era para ter sido destruído. O documento era inclusive muito mal escrito, cheio de erros de concordância, até o nome do tribunal estava escrito errado", afirmou.

Em janeiro de 2023, durante operação de busca e apreensão na casa do ex-ministro após os atos antidemocráticos que depredaram a sede dos Três Poderes em Brasília, foi encontrada a minuta de um decreto para instaurar estado de Defesa e reversão do resultado eleitoral.

O documento serviria a propósitos golpistas, para impedir a posse do presidente Lula (PT), que derrotou Bolsonaro nas eleições de 2022.

<cite>Naquela época, era voz corrente na Esplanada. A gente recebia minutas, papeis, uma autoridade disse que recebeu três minutas como essa. E isso foi parar lá, eu levava pastinhas simples, e foi colocado para ser descartado", afirmou Torres.</cite>

"Não é a minuta do golpe. Brinco que é a minuta do Google, porque estava lá e está até hoje. Foi entregue no meu gabinete e eu levava duas pastas à minha residência, coisas gerais do Ministérios, nem me lembrava dessa minuta, vi quando foi apreendido. Foi uma surpresa", disse.

Torres também era o secretário de Segurança Pública do governo Ibaneis Rocha (MDB) no Distrito Federal no início de 2023. Ele afirmou também que deixou um protocolo de ações integradas pronto e robusto, com fechamento da Praça dos três Poderes e uso de policiamento especial.

"Eu estava num parque da Disney. Eles já tinham entrado no Congresso e no Palácio. Eu disse 'não deixe chegar ao Supremo', mandei essa mensagem. Liguei ao governador, fiquei desesperado, do jeito que eu deixei as coisas em Brasília, é inimaginável que as coisas acontecessem como aconteceram. Aconteceu uma falha grave", disse.

As declarações fazem parte da fase de interrogatórios da trama golpista.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/politica/cid-implica-bolsonaro-em-planos-golpistas-e-cita-press-o-por-relatorio-contra-urnas-1.3275077" target="_blank">Cid implica Bolsonaro em planos golpistas e cita pressão por relatório contra urnas</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/politica/marinha-expulsa-primeiro-militar-envolvido-em-atos-golpistas-do-8-de-janeiro-1.3273590" target="_blank">Marinha expulsa primeiro militar envolvido em atos golpistas do 8 de Janeiro</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/politica/stf-julga-recebimento-de-denuncia-contra-mais-um-nucleo-de-trama-golpista-1.3266146" target="_blank">STF julga recebimento de denúncia contra mais um núcleo de trama golpista</a></div>

A defesa de Torres foi a que mais elencou testemunhas para a etapa anterior do processo. A Primeira Turma do STF iniciou nesta segunda (9) esta fase, quando ouviu o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-chefe da Alexandre Ramagem.

A partir de agora, os réus são ouvidos por ordem alfabética: Almir Garnier (ex-chefe da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).

Torres foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator, em razão de possível omissão envolvendo os ataques golpistas de 8 de janeiro. Em 11 de maio, a prisão preventiva de Torres foi revogada.

Às vésperas daquela data, Torres viajou de férias para os Estados Unidos. Desembarcou na Flórida, para onde Bolsonaro havia viajado antes mesmo do término do mandato.

A situação do ex-secretário se complicou após uma busca autorizada por Alexandre de Moraes. Os investigadores encontraram na casa de Torres uma minuta (proposta) de decreto para o então presidente instaurar estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Versões da "minuta do golpe", os documentos preparados para sacramentar a ruptura institucional e evitar a posse de Lula (PT), foram encontradas na casa do ex-ministro, na sala em que Bolsonaro usa no PL, seu partido, e em dispositivo eletrônico de Mauro Cid, ex-chefe da ajudância de ordens de Bolsonaro e delator da trama.

O objetivo, segundo o texto, seria o de reverter o resultado da eleição, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vencedor. Tal medida seria inconstitucional. O documento de três páginas, feito em computador, foi encontrado em um armário.

Assim como os demais, ele é réu por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e participação em uma organização criminosa. Se condenados, as penas podem chegar a 43 anos de prisão.

No caso do ex-ministro, também pesam contra ele as blitze da PRF (Polícia Rodoviária Federal) nos estados do Nordeste para dificultar que eleitores conseguissem chegar aos locais de votação durante o segundo turno das últimas eleições presidenciais.

A favor da defesa, há o depoimento do ex-chefe da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Júnior como testemunha do caso, em 21 de maio, que retificou as declarações prestadas à Polícia Federal e disse não ter certeza da presença de Torres em reuniões com articulações golpistas.

<img attr-cid="policy:1.3275208" attr-version="policy:1.3275208:1749569440" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3275208/Torres1.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Torres sobre a minuta: "Esse papel não foi para o lixo por mero descuido" (Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

PERFIL

Anderson Torres, 49, foi ministro da Justiça do governo Bolsonaro entre março de 2021 e dezembro de 2022. Com a posse de Lula, o delegado da Polícia Federal se tornou secretário da Segurança Pública no governo do Distrito Federal.

Ele já havia ocupado o mesmo posto de secretário antes de se tornar ministro e estava na gestão Ibaneis Rocha (MDB) no dia dos atos antidemocráticos em 8 de janeiro de 2023. Foi exonerado e ficou preso durante quatro meses por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, sob acusação de omissão nos ataques.

Atualmente, cumpre medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e restrições de deslocamento.

ACUSAÇÃO

Torres é réu dentro do chamado núcleo central da tentativa de golpe de Estado, que inclui Bolsonaro. O grupo é composto por ex-integrantes de seu governo que seriam responsáveis por gerenciar ações da articulação golpista, e o núcleo de disseminação de informações falsas sobre o processo eleitoral, com uso ilegal da estrutura da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

São estes os réus sendo ouvidos pelo STF nesta semana. O ex-ministro da Justiça é acusado de elaborar a minuta golpista discutida pelo núcleo, de atuar para viabilizar a operação da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em estados do Nordeste para impedir que eleitores favoráveis a Lula chegassem à urna, e de se omitir em relação aos procedimentos para garantir a segurança em Brasília durante os ataques de 8 de janeiro.

O núcleo central é acusado de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado. Somadas, as penas máximas podem passar de 40 anos de prisão.

DEFESA

A defesa de Anderson Torres nega que ele tenha participado de plano golpista e diz que a minuta encontrada em sua casa seria descartada. Em março, a defesa chamou a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) de irresponsável.

Os advogados de Torres sustentam que não há provas que embasem as acusações contra ele e dizem que o ex-ministro está sendo processado apenas por ter integrado o governo Bolsonaro.

Torres diz que minuta golpista encontrada em sua casa foi fatalidade e seria destruída

Julgamento Bolsonaro

<img attr-cid="policy:1.1878085" attr-version="policy:1.1878085:1748897791" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.1878085/image/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Queimada registrada em 2024 (Djavan Barbosa/Jornal do Tocantins)

Uma plataforma de monitoramento e combate a queimadas ilegais é lançada pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO), nesta segunda-feira (2), em Palmas. De acordo com o órgão, o&nbsp;programa busca prevenir e reduzir os focos de queimadas ilegais com foco em educação ambiental, articulação entre instituições e ações diretas nas regiões mais críticas.

O acesso ao Sistema Contra Fogo, assim como aos demais paineis do Radar Ambiental, está disponível no portal do MPTO. Na estatística do Contra Fogo consta que, nos últimos sete dias, já foram identificados 1.657 focos de calor no estado que atingiram 90 municípios, 315 propriedades,&nbsp;11 unidades de conservação e&nbsp;cinco terras indígenas (<a href="https://www.mpto.mp.br/caop-do-meio-ambiente/radar-ambiental/" target="_blank">confira aqui</a>).

O Sistema Contra Fogo deve funcionar como um centro de inteligência, que vai combinar dados precisos de satélites, mapas interativos e ferramentas de análise. Conforme divulgado pelo órgão ministerial, a plataforma utiliza informações de diversas fontes, que incluem satélites da Nasa (National Aeronautics and Space Administration), dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Cadastro Ambiental Rural e do Sistema de Informação para a Gestão do CAR (Sigcar).

A iniciativa é do Centro de Apoio Operacional de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente (Caoma), que utiliza tecnologia de última geração para a proteção do meio ambiente tocantinense, segundo o MPTO. Durante a cerimônia de lançamento do sistema, protocolos de intenção foram firmados com o Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil e concessionária de energia elétrica do estado.

<img attr-cid="policy:1.3272305" attr-version="policy:1.3272305:1748893567" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3272305/SitemaContraFogo.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Procurador geral de Justiça do Tocantins, Abel Andrade, durante discurso no lançamento da plataforma (Marcelo de Deus/MPTO)

<h2>Vigilância em tempo real</h2>

O Painel de Monitoramento de Queimadas, plataforma até então usada no MPTO, mostrava o que já havia queimado, a chamada “cicatriz do fogo”, um olhar sobre o passado. “Agora, com o Contra Fogo, poderemos ver o que está acontecendo em tempo real”, explicou o promotor de Justiça Saulo Vinhal da Costa, coordenador do Caoma e do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema).

Os satélites varrem o território várias vezes ao dia, detectando anomalias térmicas chamadas de “focos de calor”. O sistema utiliza esses dados instantaneamente e os exibe em um mapa interativo, permitindo não apenas ver onde há um foco, mas também acompanhar sua evolução e a trajetória do fogo nos últimos sete dias.

<cite>Isso é crucial para entender a dinâmica do incêndio e para onde ele está se movendo, permitindo interagir com nosso monitoramento de cicatrizes de queimadas, sendo assim mais assertivos em relação à determinação do ponto de ignição da queimada registrada ", analisou Saulo Vinhal, por meio da assessoria.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/calor-extremo-16-cidades-do-tocantins-tiveram-altas-temperaturas-por-mais-de-150-dias-no-ano-passado-1.3228228" target="_blank">Calor extremo: 16 cidades do Tocantins tiveram altas temperaturas por mais de 150 dias no ano passado</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/tocantins-lanca-plano-de-combate-a-incendios-prometendo-investimento-de-r-7-milh-es-1.3250465" target="_blank">Tocantins lança plano de combate a incêndios prometendo investimento de R$ 7 milhões</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/ruinas-que-marcam-o-inicio-da-colonizac-o-na-regi-o-de-porto-nacional-s-o-reconhecidas-e-protegidas-por-leis-federais-1.3254415" target="_blank">Ruínas que marcam o início da colonização na região de Porto Nacional são reconhecidas e protegidas por leis federais</a></div>

<h2>Ano mais crítico</h2>

Com mais de 3 milhões de hectares queimados entre julho e outubro, 2024 já é o ano com maior devastação ambiental por fogo no Tocantins, desde 2020. O número representa quase 30% de toda a área queimada nos últimos cinco anos, consolidando 2024 como o pico histórico da série mapeada pelo Ministério Público do Tocantins.

Esses números são resultados do trabalho do Painel de Monitoramento de Queimadas, desenvolvido pelo MPTO por meio do Laboratório de Geoprocessamento (Labgeo). O sistema utiliza imagens de satélite Sentinel-2 e algoritmos de inteligência artificial para mapear o que se chama de “cicatriz de queimada” — áreas em que há evidência visual e espectral de que o fogo passou.

Conforme o MPTO, a metodologia foi desenvolvida em 2020 e, desde então, permite o acompanhamento anual durante o período proibitivo do uso do fogo fixado pelo Instituto Naturaza do Tocantins (Naturatins) em portaria específica. Assim, todas as queimadas mapeadas nesse intervalo são, por definição legal, proibidas — salvo exceções técnicas muito específicas.

<h2>Atuação do Contra Fogo</h2>

<ul>
	<li>Detecção em tempo real e monitoramento da trajetória: ao receber os dados dos satélites, o sistema marca os focos de calor no mapa do Tocantins quase que imediatamente;&nbsp;</li>
	<li>Atualizações frequentes permitem visualizar a progressão do fogo em relação ao seu deslocamento. Essa capacidade de acompanhar o "caminho do fogo" é fundamental para o planejamento de ações de combate e para a emissão de alertas direcionados;</li>
	<li>Análise histórica e responsabilização aprimorada: o Contra Fogo não apenas mostrará o presente, mas também construirá um robusto banco de dados histórico, que subsidiará a atuação ministerial por meio de notícias de fato produzidas pelo Caoma, no caso de haver a confirmação dos pontos de ignição da cicatriz do fogo analisada. Ao cruzar focos de calor e cicatrizes de queimadas com as informações do Cadastro Ambiental Rural (CAR), será possível verificar se uma propriedade atingida pelo fogo possuía autorização para queimada controlada ou se queimou em período proibitivo. “Mais do que isso: o histórico nos permite identificar padrões de reincidência em determinadas áreas ou propriedades, e até mesmo determinar a origem de grandes incêndios que se alastram para áreas vizinhas, auxiliando na responsabilização civil e criminal dos causadores do dano", detalha Saulo Vinhal;</li>
	<li>Identificação de áreas de risco: o sistema cruzará dados de focos de calor em relação à proximidade de unidades de conservação, terras indígenas e redes de energia, permitindo acionar os gestores para atuar por meio de ações de controle e combate.</li>
</ul>

Sistema que rastreia queimadas em tempo real é lançado pelo MPTO

Tecnologia contra o fogo

<img attr-cid="policy:1.3181531" attr-version="policy:1.3181531:1727744101" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3181531/queimou.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Um incêndio na Serra do Carmo, no setor São João I, em Palmas, já destruiu pastos e plantações (Djavan Barbosa)

Um incêndio na Serra do Carmo, no setor São João I, em Palmas, já dura cinco dias, informaram os moradores. As chamas se espalharam pelo local e a população luta para apagar o fogo, juntamente com o Corpo de Bombeiros Militar (CBM).&nbsp;

Segundo relato de moradores, o fogo teve início na última quinta-feira (26), na Serra do Carmo, e há três dias, as chamas se alastraram e atingiram o Setor São João I. Veja o vídeo abaixo.&nbsp;

<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="355" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" src="https://www.youtube.com/embed/7mt_45wpJto" title="Serra do Carmo pega fogo há dias e moradores pedem ajuda para vigiar e combater as chamas" width="685"></iframe>

A assistente social Rosy Barros, de 50 anos, mora no local há 18 anos e contou que a comunidade está unida para combater o fogo. Segundo ela, os moradores utilizam abafadores e bombas de águas para conter as chamas.&nbsp;

“Ele começou do lado de lá, agora intensificou e já tem três dias aqui dentro do nosso assentamento. Têm dois dias que a gente tá aqui, a comunidade unida, como vocês podem ver, combatendo o fogo”, relatou.&nbsp;

A moradora ainda contou que o incêndio destruiu plantações da região. “O fogo já atingiu algumas das plantações e infelizmente, pastos. Temos o nosso vizinho que teve o pasto queimado”, lamentou.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/economia/biometria-e-obrigatoria-para-pedir-beneficio-assistencial-ao-inss-1.3181339" target="_blank">Biometria é obrigatória para pedir benefício assistencial ao INSS</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/quase-cinco-mil-urnas-ser-o-utilizadas-no-tocantins-durante-as-eleic-es-2024-1.3181446" target="_blank">Quase cinco mil urnas serão utilizadas no Tocantins durante as Eleições 2024</a></div>

<h2>Prejuízos&nbsp;</h2>

Questionada sobre os estragos desde o início do incêndio, a moradora conta que os prejuízos são irrecuperáveis. “Não tem como a gente medir, nem ter a noção do quanto nós perdemos aqui. Nós estamos na época do caju e do pequi e a perda foi muito grande. Em relação a danos, a gente pode citar os pássaros que já foram queimados, o gado, as mangueiras de irrigação, o gado que está confinado dentro de um curral para não ficar no fogo, e assim a gente vai levando a vida”, desabafou.&nbsp;

Rose ainda relata que os moradores paralisaram suas atividades diárias para não deixar que o fogo atinja mais áreas. “Nossa rotina hoje se resume a combater o fogo. Quem está trabalhando pediu licença ou trocou o plantão. Todo mundo parou. A comunidade unida, cada um deu um jeito. E estamos aqui, 24 horas, intensificando, vigiando e combatendo o fogo”, concluiu.&nbsp;

Os moradores contam com a ajuda do Corpo de Bombeiros Militar, que esteve no local nesta segunda-feira (30). De acordo com a corporação, a equipe de bombeiros controlou as chamas. Contudo, a comunidade segue vigilante para que o fogo não volte a atingir as plantações e pastos.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3181532" attr-version="policy:1.3181532:1727743879" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3181532/Rosy.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
A assistente social Rosy Barros mostra a área que queima próxima à plantação (Djavan Barbosa)