O avião da Polícia Federal (PF) que trouxe o ex-governador Marcelo Miranda, após ser preso preventivamente em Brasília nesta quinta-feira, 26, chegou há poucos minutos no Aeroporto de Palmas. Ele foi levado à sede da PF em Palmas para depoimento. Também tiveram mandados de prisão, expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas, cumpridos Brito Miranda (pai do ex-governador) e Júnior Miranda (irmão do ex-governador). Miranda acabou preso no âmbito da Operação “12º Trabalho”, que investiga a crimes envolvem apropriação de bens públicos, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de capitais em um “sofisticado esquema de corrupção”.O Jornal do Tocantins está no local acompanhando a movimentação.Operação A PF estima que a organização criminosa causou prejuízos da ordem de mais de 300 milhões de reais aos cofres públicos. A ação é resultado de um trabalho conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal e ao todo, 11 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Palmas, Tocantínia, Tupirama e Araguaína, além de Goiânia (GO), Santana do Araguaia (PA), Sapucaia (PA) e São Felix do Xingu (PA).A Polícia Federal destacou que após a deflagração de diversas operações da Polícia Federal, dentre elas “Reis do Gado” (STJ, 2016), “Marcapasso” (4ª Vara Federal/TO, 2017), “Pontes de Papel” (STJ, 2017), “Convergência” (STJ, 2017) e “Lava-Jato” (STF, com delação firmada em 2017), constatou que um núcleo familiar dos Miranda, que sempre esteve no centro das investigações, com poderes suficientes para aparelhar o Estado, mediante a ocupação de cargos comissionados estratégicos para a atuação da organização criminosa.A Polícia Federal ainda informou que as provas reunidas na ação penal decorrente da Operação Reis do Gado apontam que os suspeitos atuaram e ainda agem de maneira organizada e sistematizada, com divisão de tarefas, onde os atos são detidamente planejados para assegurar o produto dos crimes.Segundo a PF, os investigados também agem nos crimes por meio da manipulação de provas, seja pela falsificação de documentos ou comprando depoimentos, com o claro objetivo de tumultuar e dificultar as investigações em andamento.O nome da operação faz referência ao 12º Trabalho de Hércules, seu último e mais complexo desafio, que consistia em capturar Cérbero.-Imagem (1.1895732)