A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) disse no sábado (29) que, se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quiser voltar à sigla, “será bem recebido”. No entanto, segundo ela, o presidente não deve exigir o afastamento de pessoas do partido.Há 5 meses, Janaína defendeu a renúncia de Bolsonaro por causa do desempenho do presidente no combate à pandemia de Covid-19. Em março, durante discurso no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo, afirmou que o presidente cometeu crime contra a saúde pública.“Tenho lido as matérias referentes à possível volta do Presidente ao PSL. Fala-se em exigências das duas partes. Eu não vejo sentido nisso. Se o PSL tem um papel, esse papel é justamente o de reunir a pouca direita que há no país”, escreveu em seu perfil no Twitter.Bolsonaro está sem partido desde novembro de 2019, quando deixou o PSL e anunciou a criação do Aliança Pelo Brasil –que até o momento não se concretizou.O presidente negocia com três partidos a possibilidade de filiação. Em sua conta oficial no Twitter, na sexta-feira (28), disse que não pode investir 100% no Aliança. No ritmo atual, a sigla demoraria 18 anos e meio para obter registro, segundo levantamento do Poder360.FUNDO MILIONÁRIO DO PSLO PSL cresceu bastante nas eleições de 2018 por causa da presença de Bolsonaro. Passou de um deputado eleito em 2014 para 52 deputados federais em 2018.Por causa disso, a sigla vai receber este ano a 2ª maior fatia do fundo partidário: R$ 201,1 milhões. A sigla fica atrás apenas do PT, que receberá R$ 204,6 milhões.-Imagem (1.2111022)