Advogados estão se queixando nas redes sociais de que após a implantação do novo e-proc (sistema processual eletrônico) no Judiciário do Tocantins, há cerca de quatro meses, o sistema não permite expedir documentos que permitem aos advogados e seus clientes receberem RPVs (Requisição de Pequeno Valor). O RPV é uma dívida que a Fazenda Pública deve pagar, no valor de até 60 salários mínimos, quando sofre condenação em processo judicial. Segundo a queixa dos advogados, no sistema antigo não havia problemas para expedição e recebimento desse tipo de dívida do poder público. O ex-secretário-geral da OAB-TO, o advogado Célio Henrique reclamou no Twitter: "Quase 100 dias sem que os jurisdicionados e a advocacia tenham sequer um RPV expedido".Antes de pagar, tem que expedir. Quase 100 dias sem que os jurisdicionados e a advocacia tenham sequer um RPV expedido https://t.co/Mzoj1TLjGt— Célio Henrique (@celiohenrique) April 9, 2020 O advogado Renato Cury postou no Facebook: "4 meses de eproc novo. 4 meses em expedição de RPVs pq (porque) o sistema está com problema. 4 meses...", escreveu ele, ao cobrar a presença da seccional da Ordem. "Precisamos de força aqui. Precisamos destravar o $$ do jurisdicionado e dos advogados". O que diz o TJTOProcurado, o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) informou, via assessoria de imprensa, que o módulo para pagamento de RPV no sistema processual “passou por adaptação” para as “necessidades do Judiciário tocantinense” e só vai funcionar a partir da próxima semana.O que diz a OABEm nota, a OAB-TO afirma que realizou desde janeiro deste ano “inúmeras reuniões” sobre a adequação do sistema e destaca “o esforço e sensibilidade” do tribunal sobre o problema. Segundo a nota, o TJTO se “comprometeu a atender a demanda de adequação” do sistema até terça-feira, 14 de abril.