-Imagem (1.2017511)Documento assinado em conjunto por membros do Ministério Público do Tocantins (MPTO), do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) cobra uma série de explicações do governo estadual para o enfrentamento da Covid-19 e recomenda ampliação de testagens e mais transparência sobre a capacidade de atendimento da rede de saúde nos boletins sobre casos. De natureza preventiva e não judicial, o texto, entregue ao secretário da saúde Luiz Edgar Tolini às 18h05 de terça-feira, 14, dia em que repercutiu negativamente junto a gestores e sociedade a recomendação, por decreto do governador Mauro Carlesse (DEM), para prefeitos flexibilizarem isolamento e o fechamento do comércio, também quer explicações sobre a mudança de estratégia do governo, no prazo de 24 horas. Os promotores e procuradores quer saber se o decreto que recomenda o relaxamento sanitário levou ou não em consideração o número de unidades especializadas em terapias e cuidados intensivos (UTIs, CTIs), de profissionais de Saúde, ventiladores mecânicos, testes realizados e de leitos hospitalares existentes no estado. TestagensOs órgãos cobram do governo um plano estratégico detalhado, com cronograma e ações definidas, para ampliação do número de testes para detecção da patologia Covid-19. Segundo do documento, esse plano deve incluir hipóteses prioritárias da Organização Mundial da Saúde (OMS) para testagem em massa e deve alcançar um percentual da população sem sintomas. Segundo o documento, o objetivo é mapear a disseminação do vírus na população tocantinense e definir o período correto para a restrição e a liberação da circulação de pessoas. Flexibilização e calamidadeOutra explicação que o grupo quer é se o governo após recomendar a flexibilização da restrição ao comércio, vai reconsiderar o decreto de calamidade pública no Tocantins, de março desse ano, e se irá suspender compras com dispensa de licitação e as medidas de relaxamento fiscal. Estas medidas estão “todas relacionadas ao reconhecimento de calamidade pública e estabelecimento de medidas de controle da pandemia”, segundo o documento. Informações dos boletins Promotores e procuradores também querem mais informações sobre a estrutura dos hospitais no enfrentamento da Covid-19 publicadas pela Secretaria da Saúde diariamente nos boletins epidemiológicos. O grupo recomenda publicar a quantidade de leitos de terapia e cuidados intensivos montados no SUS no Estado, quantidade de ventiladores mecânicos, os servidores contratados e os locais em que atuam, além do número de médicos, enfermeiros e técnicos que estão atuando, a quantidade de pessoas em grupo de risco entre outros. A recomendação é assinada pelos promotores de Justiça Araína Cesárea D’Alessandro e Célem Guimarães Guerra Júnior, pelo procurador da República Fernando Antônio de Alencar Alves de Oliveira Júnior e pelos procuradores do Trabalho Paulo Cézar Antun de Carvalho, Cecília Amália Cunha Santos e Gisela Nabuco Majela Sousa, a recomendação .