O presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli, anunciou nesta terça-feira (10) que ficará em quarentena voluntária por conta da epidemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2)."As novas medidas do governo italiano aumentam a área protegida para todo o território nacional. Isso tem consequências importantes no comportamento dos eurodeputados italianos. Por esse motivo, decidi que, tendo permanecido na Itália no último fim de semana, e exclusivamente por precaução, vou seguir as medidas indicadas e exercitarei minha função de presidente a partir da minha casa em Bruxelas, respeitando os 14 dias indicados no protocolo sanitário", informou Sassoli aos jornalistas.Através de um decreto publicado nesta segunda-feira (9), o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, estendeu para todo o país as normas restritivas que estavam sendo aplicadas na região da Lombardia e em outras 14 províncias.Com isso, os cidadãos só têm autorização de se locomover se comprovarem "exigências de trabalho, situações de necessidade, motivos de saúde ou retorno ao próprio domicílio". Ainda é permitido sair para comprar alimentos, remédios e demais itens de primeira necessidade, mas é preciso fazer o registro dessa movimentação.Ao falar sobre a situação da epidemia em seu país natal, o presidente do Europarlamento afirmou que a instituição "atualizou as suas medidas para proteger a saúde e para assegurar a continuidade legislativa e de funcionamento dos órgãos internos". "A Covid-19 obriga a todos a terem responsabilidade e ser prudentes. É um momento delicado para todos. O Parlamento continua a trabalhar utilizando outras modalidades, no exercício de seus deveres. Nenhum vírus pode bloquear a democracia", finalizou.O último balanço divulgado pelas autoridades italianas mostra que o país contabiliza 9.172 casos do novo coronavírus e 463 mortes. Além disso, todos as nações da União Europeia já registram casos da doença em seus territórios.