Quando um papa morre ou renuncia, a Igreja Católica Apostólica Romana não perde apenas sua referência. A Cidade do Vaticano, última monarquia absolutista da Europa, fica sem seu soberano. Roma, na Itália, deixa de ter seu bispo. O apóstolo Pedro, primeiro dos papas, deixa de ter um sucessor. E Jesus Cristo fica sem seu vigário, um representante, na Terra. Para algumas dessas funções, existem textos da Santa Sé que indicam o deve ser feito em caso de "sede vacante", como é chamada a ausência definitiva de um papa de suas funções. Muitas das regras que regem esse período estão na Constituição Apostólica "Universi Dominici Gregis", promulgada em 1996 por João Paulo 2º (1920-2005). Um dos principais personagens é o cardeal camerlengo, que de fato administra as questões práticas do Vaticano. Desde 2019, o cargo é ocupado pelo americano Kevin Joseph Farrell, nomeado pelo papa Francisco.