O governo americano deve flexibilizar a triagem de passageiros internacionais que já eram autorizados a entrar nos EUA mesmo sob restrições da pandemia de Covid-19, o que pode incluir viajantes do Brasil, China, Reino Unido e Irã.Por enquanto, porém, a restrição para a entrada da maioria dos passageiros com origem desses países não deve ser derrubada. A medida incidirá somente sobre pessoas que eram exceção às restrições, por serem americanas ou possuírem residência permanente nos EUA ou visto diplomático.A partir dos próximos dias, esses viajantes não precisarão mais cumprir parte dos pré-requisitos de controle de saúde ao chegarem em território americano –ainda não foram divulgados detalhes sobre as medidas a serem alteradas.Segundo a agência Reuters, as facilidades devem entrar em vigor na segunda (14).As novas regras, portanto, não devem alterar o decreto assinado pelo presidente Donald Trump em maio, que proíbe a entrada nos EUA de cidadãos não americanos -inclusive brasileiros- que tenham estado no Brasil nos últimos 14 dias.Desde janeiro, Trump tem imposto restrições a passageiros que estiveram na China, no Reino Unido, no Brasil, no Irã e na região de Schengen da Europa, mas abriu exceções para cidadãos americanos e pessoas com vistos especiais, e é sobre essas exceções que a flexibilização de agora passará a valer.Parte do documento publicado pela Reuters diz que o CDC (Centro para Controle e Prevenção de Doenças) "está mudando sua estratégia e priorizando outras medidas de saúde pública para reduzir o risco de transmissão de doenças relacionadas a viagens."De acordo com o texto, dos 675 mil passageiros rastreados nos 15 aeroportos americanos que permitiam a entrada de viajantes de países com alto número de casos de Covid-19, "menos de 15 foram identificados como tendo Covid-19."Os EUA tem sido pressionados por autoridades e empresários do Brasil, que querem que a medida para todos os passageiros seja derrubada. Os EUA são o campeão em número de mortes e casos de Covid-19 no mundo, com cerca de 190 mil óbitos, enquanto o Brasil ocupa a terceira posição, mas o quadro tem melhorado em ambos os países.As medidas restritivas, porém, são encaradas como bandeiras políticas de Trump, principalmente em relação à China. Os americanos são cada vez mais anti-Pequim, e o presidente está em campanha à reeleição.