A decisão do príncipe Harry e da duquesa de Sussex, Meghan Markle, de se afastarem das obrigações da família real britânica continua repercutindo na imprensa mundial e no Reino Unido em uma decisão inesperada. O desejo de viver uma vida distante da formalidade e dos protocolos reais e obter independência financeira, no entanto, traz alguns prejuízos para o casal. Confira, abaixo, alguns deles.Alcunha RealDurante seu pronunciamento na última segunda-feira, 13, após ter se reunido com os príncipes Charles, William e Harry para tratar do “Megxit”, a Rainha Elizabeth II referiu-se aos dois apenas como “Harry e Meghan” e “os Sussexes”.Muitos interpretaram a cuidadosa escolha de palavras da monarca como um aceno de que o casal não seria mais referido como Sua Alteza Real ou HRH, na sigla em inglês (His Royal Highness / Her Royal Highness).Mesada RealAs despesas de Harry e William, como contas, roupas e viagens, são bancadas pelo orçamento da família real e, em grande parte, pelo fundo privado do príncipe Charles, que acumulou esse patrimônio através de seus compromissos em nome da Coroa.Em tese, esses valores são repassados aos membros da família real em troca de serviços prestados à monarquia, como palestras, presenças oficiais e viagens diplomáticas.No “período de transição” que citam em seu anúncio oficial, o casal de Sussex afirma que pretende se tornar “financeiramente independente”, apesar de não especificar em que sentido, a partir de quando ou de qual maneira. Ainda.Residência oficial em Frogmore CottageReformada em 2018, a casa oficial de Harry e Meghan era a Frogmore Cottage, uma mansão nos jardins do Castelo de Windsor para a qual eles se mudaram apenas em abril de 2019, às vésperas do nascimento de Archie Harrison.Como informaram no anúncio oficial, ambos pretendem continuar usando a residência oficial como sua base no Reino Unido, “com a permissão da Rainha”.Entretanto, uma das principais críticas da imprensa britânica foi o desperdício de ter gastado € 3 milhões de verba pública para reformar e alugar a propriedade de uma residência que, no final das contas, não será utilizada pelo casal. E, caso chegue um ponto em que eles parem de trabalhar para a Coroa britânica, nada impede a Rainha Elizabeth II de revogar o acesso do casal a Frogmore Cottage.Segurança pessoalA guarda policial que serve para proteger Harry, Meghan e o bebê Archie é feita por oficiais da guarda real britânica, o que significa gastos de verba pública especificamente para atender às demandas do casal.Caso o serviço de proteção seja feito inteiramente pela segurança inglesa em ambos os lados do Pacífico (Canadá e Reino Unido), os custos poderiam ultrapassar € 2 milhões.De acordo com a imprensa britânica, Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, já está discutindo com a Rainha Elizabeth os custos dessa transição e assegurou à família real que a segurança de Harry, Meghan e Archie “não será comprometida em solo canadense”.Em outras palavras, ambos os governos devem dividir os custos da segurança dos Sussexes até segunda ordem.Compromissos públicos em nome da CoroaApesar de terem admitido um “período de transição” e que continuariam à disposição da Coroa e da Commonwealth, a expectativa é que Harry e Meghan consigam gradualmente se afastarem dos deveres reais, assim como as primas Beatrice e Eugenie escolheram fazer.Além de terem anunciado sua própria instituição de caridade, a Sussex Royal, começaram a surgir na última semana boatos de que Meghan teria assinado um contrato de dublagem para a Disney.Etiqueta RealAo se tornar um membro da família real britânica, é preciso seguir um manual próprio de etiqueta. Nele, são estipuladas as maneiras corretas de uma mulher sentar (sem cruzar as pernas acima do joelho), se curvar (apenas com uma leve inclinação da cabeça, exceto para a Rainha) e até se vestir (sem nunca deixar o decote à mostra).Outras regras dizem respeito à ordem de entrada em um ambiente, o ângulo exato em que uma tiara deve ser vestida e a proibição expressa de jogar Banco Imobiliário (sim, aquele de tabuleiro).