1 - Com as novas tecnologias e mudanças no mundo, você sente a literatura ameaçada? Pelo contrário. Para mim as novas tecnologias estão ajudando muito a literatura. Hoje temos além do suporte livro, os leitores digitais, que nos proporcionam uma experiência diferente de leitura. O público jovem, apesar de não parecer, tem lido mais, tem falado mais de literatura. Podemos comprovar isso com o surgimento de blogs, vlogs, canais no YouTube em que os jovens compartilham suas experiências de leitura, emitem suas opiniões sobre os livros lidos, até fazem indicação leituras para outros jovens – os booktubers, por exemplo. 2 - Para informar os novos escritores, é possível viver da literatura?Acho que ser artista não é fácil. Viver de arte também não. Poucos escritores conseguiram e conseguem viver apenas da literatura. Os que vivem também não sobrevivem somente com a vendas dos livros, eles precisam também realizar outros trabalhos, como palestrantes, ministrantes de oficinas, escrever para jornais, esses são apenas alguns exemplos de trabalhos paralelos. No entanto, a maioria dos escritores precisa ainda e, principalmente no início da carreira, conciliar a vida de escritor com outro emprego, que, como um dia um escritor amigo me disse, é o que paga o arroz com feijão da família. 3 - Para você, quais são os principais nomes da literatura brasileira e tocantinense?Pergunta difícil (risos). Gostaria de aqui citar vários nomes, mas irei homenagear o grande Manoel de Barros, esse ano é o ano especial do seu centenário. Já da literatura tocantinense irei citar o Pedro Tierra, nascido ali na nossa linda Porto Nacional.