O ano de 2025 foi marcado por um cinema brasileiro em estado de reinvenção, atento às transformações sociais e às novas formas de produção e circulação. Em meio a desafios estruturais, o audiovisual nacional respondeu com obras potentes e diversas, como Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que seguiu reverberando no debate público ao tratar de memória e trauma histórico. Por fim, em março, o Brasil entrou em clima de Copa do Mundo quando o cineasta subiu ao palco para receber o troféu do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. No panorama nacional, a produção de 2025 reforçou o interesse por narrativas que dialogam diretamente com o Brasil contemporâneo. Filmes como O Auto da Compadecida 2, dirigido por Flávia Lacerda e Guel Arraes, apostaram no reencontro com o grande público, enquanto obras de perfil mais autoral continuaram a circular em festivais, a exemplo dos trabalhos de cineastas como Kleber Mendonça Filho, cuja filmografia recente segue influenciando uma geração interessada em cinema, memória e espaço urbano. É daí o sucesso de O Agente Secreto, que está em campanha para o Oscar 2026.