Um dos nomes de destaque do Jornalismo da TV Globo, Maria Júlia Coutinho, apelidada de Maju pelos colegas, foi a vítima da vez de comentários racistas nas redes sociais. A resposta ao ataque foi dada pela própria jornalista, na última sexta-feira, em horário nobre, em pleno Jornal Nacional, onde ela tem ganhado projeção e elogios como ‘garota do tempo’ - por dar tom mais informal ao tradicional telejornal da casa. Maju já teve passagens por outros telejornais, como SPTV.“Muita gente imaginou que eu estaria chorando pelos corredores, mas na verdade é o seguinte, gente: eu já lido com essa questão do preconceito desde que eu me entendo por gente. Claro que eu fico muito indignada, fico triste com isso, mas eu não esmoreço, não perco o ânimo, que eu acho que é isso que é o mais importante”, pronunciou-se ela, em rede nacional.“E, pra finalizar, (William) Bonner e Renata (Vasconcellos), é o seguinte: os preconceituosos ladram, mas a caravana passa. É isso.”O discurso é tido como histórico. Afinal, a emissora abriu espaço para que sua funcionária, atacada e exposta em praça pública (digital), pudesse se defender e, mais do que isso, se posicionar. A própria Globo também se posicionou, quando a equipe do JN lançou a campanha #somostodosmaju. O caso gerou uma grande repercussão na internet.Recentemente, na novela das 9, Babilônia, a personagem Júlia, vivida pela garota Sabrina Nonata, conta, entristecida, para a mãe, Regina (Camila Pitanga), e para a avó, Dora (Virginia Rosa), que sofreu preconceito na escola. Já em I Love Paraisópolis, folhetim das 7, a atriz Lucy Ramos vive a psicóloga Patrícia, que é negra.Ao se deparar com ela na sala de sua empresa, o vilão Gabo (Henri Castelli) acha que a moça, julgada por sua cor de pele, é a copeira e pede, de forma ríspida, que ela lhe sirva um café. “Não acho demérito nenhum ser copeira. Por acaso, sou psicóloga”, diz Patrícia.RepresentaçãoEm Babilônia, Camila Pitanga é uma das protagonistas e moradora do morro. Sheron Menezes, também negra, faz a advogada ambiciosa e em ascensão. Em Insensato Coração, de 2011, Lázaro Ramos já havia feito o bem-sucedido designer André e, em 2004, Taís Araújo fora a protagonista de Da Cor do Pecado.