Quem vê o cãozinho Pimpão em "Ainda Estou Aqui", filme que concorre a três Oscar, algumas vezes deve ter se surpreendido com a convincente "atuação" do bichinho. Porém, o que muita gente não faz ideia é do desafio que é fazer de um animal um bom ator. Dublês, descanso, muitos petiscos, repetição e sala especial com ar condicionado estão por trás da preparação. Treinadora de Pimpão, que na vida real se chama Ozzy, a profissional In-Coelum Perdigão, 68, conta mais detalhes dos bastidores e de como foi o trabalho para fazer o cãozinho repetir em cena todos os comandos que eram necessários. Segundo ela, que já ajudou a treinar animais em mais de 20 novelas na Globo e em diversos filmes, o diretor de "Ainda Estou Aqui", Walter Salles, queria um cachorro que não parecesse um robô em cena. Ele também desejava que o cão aparecesse em duas fases diferentes de idade, ou seja, seria preciso ao menos dois animais para compor o elenco.