A paixão por gatos e um sentimento de solidariedade aos que estão abandonados fez com que uma empresária da Capital tivesse a ideia de construir estruturas bem arrojadas para alimentar, dar abrigo e um pouco mais de segurança aos bichanos de sua rua. Assim, Virginia Lara Marçal instalou na frente de sua casa uma ‘lanchonete’ para gatos inspirada em estabelecimentos parisienses e uma casa no mesmo formato do relógio Big Ben, ponto turístico de Londres, na Inglaterra. Nesses locais, cerca de dez gatinhos que costumam andar pelo local podem comer à vontade e até tirar um cochilo na casinha.“Comecei a cuidar de uma gatinha, a Shakira, mas aí foi aparecendo um e outro. Tem um que é da rua, mas só aceita ficar dentro de casa. Era para eu ter três gatos, mas outros três já passaram pra dentro”, conta a empresária, que também tem a decoração de sua casa inspirada nos bichanos.Mas a ideia dos comedouros surgiu após alguns contratempos, já que a princípio ela colocava vasilhas com ração, mas eram roubadas. “Uma vez fiz uma casa enorme para os gatos, com dois andares e um terraço, e deixei na porta, mas roubaram. Mas também roubavam, as vasilhas daí fiz uma casa em cima do meu muro, com o comedouro e caminhas. Também tem uma casa em cima de uma árvore. Mas alguns gatinhos não sabiam dessas casinhas no alto e não subiam no muro”, detalha a empresária.O jeito encontrado para alimentar esses pequenos foi voltar a colocar estruturas na calçada. “Tive que dar um jeito de colocar a comida embaixo sem deixar minha casa feia, e de uma forma que o povo não carregasse. Daí me inspirei nas lanchonetes de Paris (França) para o comedouro, parafusei as vasilhas, e assim deixaram tudo quietinho”, disse a empresária, ressaltando que a casinha e o comedouro já estão na porta de sua casa a mais de seis meses.Para alimentar os gatos que aparecem querendo desfrutar da lanchonete e da casinha “Big Ben”, Virginia diz que gasta aproximadamente 30 kg de ração por mês. “Já teve época de ter 20 gatinhos para alimentar. Se alguém puder ajudar com ração eu agradeço”, diz a empresária, que evita divulgar seu endereço para que as pessoas não abandonem mais gatinhos no local.SegurançaA empresária também ressalta que os bichanos tenham um pouco mais de segurança, pediu para que a Prefeitura construísse um quebra-molas na porta de sua casa, para evitar atropelamentos. “Aqui na porta vivem matando os gatos atropelados. Já pedi na Prefeitura o quebra-molas três vezes, ficaram de ver, mas nunca deram resposta. E nessa rua tem muito movimento”, lamenta.A atitude de Virginia, motivada pelo seu amor, faz a diferença para os animais indefesos. “Quando eu viajo fico orando pelos meus gatinhos da rua, para que não aconteça nada com eles”, finaliza.-Imagem (1.1493411)-Imagem (1.1493407)-Imagem (1.1493409)