-Imagem (1.2155601)Os impasses com relação à Lei Aldir Blanc continuam entre a classe artística e o Governo Estadual. Após na última semana de 2020, por meio do Mobiliza Tocantins, os artistas cobraram a Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc) o empenho dos R$ 2 milhões restantes para cerca de projetos culturais suplentes, que poderiam ser beneficiados, o Estado realizou uma coletiva e publicou o Edital nº 68, com uma relação de empenho.Entretanto, a classe artística afirma que nessa lista de empenho consta os projetos que estavam aprovados e alguns poucos nomes suplentes, sendo que ainda teria recurso sobrando e muitos suplentes sem serem contemplados. “Basicamente a lista de empenho consta dos projetos que estavam aprovados. Identificamos pouquíssimos suplentes. A grande maioria eram os aprovados Não houve uma divulgação clara sobre quais suplentes subiram, o saldo que restou”, disse o ator e diretor Cícero Belém. Conforme o artista, com base nas poucas informações repassadas pelo Estado à lista divulgada causou mais confusão e questionamentos, principalmente sobre os suplentes, já que poucos nomes de colegas artistas foram identificados e a maioria era de projetos já classificados anteriormente como aprovados. “Estamos sem respostas. Gerou uma confusão e uma dúvida maior no setor cultural por inteiro”, Concordando com Belém, a dançarina Meire Maria reclama da falta de transparência, informação e coerência da Adetuc. "A Adetuc não está sendo clara e não dialoga com a classe. As informações que estamos recebendo são muito confusas e nebulosas. Ninguém fala nada e não explica nada. Tudo ficamos sabendo pelo Diário Oficial, como esse o empenho que alguns pouquíssimos nomes de suplentes receberão os recursos, que pelas nossas contas teria sobra de R$ 2 milhões. A Adetuc é completamente hermética e fechada às informações. Nós não temos os dados concretos na mão , só sabemos que os suplentes não foram atendidos na sua maior parte”, afirmou.Empenhos Em nota enviada ao Jornal do Tocantins, a Adetuc disse que a equipe da Agência trabalhou em regime de plantão até a última quinta-feira, dia 31 de dezembro, para garantir o empenho de todos os projetos aprovados e também dos suplentes, considerando os saldos de cada edital: “Editais foram elaborados para premiar a trajetória e a produção individual ou coletiva de artistas, companhias, grupos, associações, pontos de cultura, coletivos, cooperativas ou empresas, de natureza cultural, com atuação no campo das atividades artísticas e culturais, nas categorias: patrimônio cultural, linguagens artísticas e áreas técnicas”, disse a nota. Ao ser questionada sobre os recursos restantes e os suplentes cobrados pela classe artística, a Adetuc respondeu que os 13 editais incluíram todos os segmentos e de todas as regiões do Estado. “Isso inclui os projetos que tiveram pontuação para entrarem na lista de suplência, dentro do saldo financeiro de cada edital. Enfatizamos que não há possibilidade legal de transferência de recursos de um edital para outro e que todas as faixas de valores a serem distribuídos entre os segmentos foram definidas pelo Conselho de Política Cultural (CPC-TO)”, respondeu.A Adetuc também, na nota, informou que o prazo para empenho terminou em dezembro, mas o prazo para pagamento está estendido até o final de dezembro de 2021, conforme Medida Provisória do Governo Federal. “Nossa meta é pagar todos os projetos empenhados o mais rápido possível, pois reconhecemos as necessidades da classe artística”, finalizou.