Alunos de 5 e 6 anos lançam primeiros livros ilustrados

<div attr-cid="policy:1.1950567" attr-version="policy:1.1950567" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.1950567" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.1950567', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.1950567">Imagem (1.1950567)</a></div><div attr-cid="policy:1.1950688" attr-version="policy:1.1950688" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.1950688" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.1950688', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.1950688">Imagem (1.1950688)</a></div>Pequeno escritor é como os 156 alunos amam ser chamados depois de terem escrito seu próprio livro durante o último semestre de aula no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Fontes do Saber, no Setor Taquari. As crianças de 5 e 6 anos divididas em quatro turmas do pré-escolar participaram do projeto nacional Estante Mágica e terão seus livros lançados, com direito a autógrafo do próprio nome que aprenderam a escrever recentemente, nesta quinta-feira, 12, às 17 horas, na Cmei.&nbsp;As histórias de fantasia que hoje se podem ser lidas com o papel nas mãos surgiu de inspirações dos alunos com outros projetos desenvolvidos na escola como o "Da fazenda para a nossa casa" e o "Mala viajante" voltado à literatura. O pequeno Dhavy Sousa de Oliveira, de 6 anos, criou sozinho a história do bicho perdido. Com ilustrações e a ajuda das professoras para escrever o texto que ele ia ditando, o aluno exibe seu livro e conta como um bezerrinho se perdeu na floresta. "Eu gostei muito, é muito divertido desenhar e pensar no que aconteceu com o bichinho", conta.A Nathally Vitória Farias Santos não se encolheu quando perguntada sobre o que mais gostou no seu livro sobre os animais da floresta. "Gostei de todos, eu amei desenhar, colorir eles", afirma.&nbsp;Outras duas meninas de apenas 6 anos que também ilustraram seus livros e querem ser escritoras são a Juliana Muniz Silva e a Anna Beatriz da Silva Sousa. A Juliana disse que já sabe escrever o próprio nome e está ansiosa pelo seu grande dia "Muito animada para todo mundo ver meu livro". A Anna Beatriz também não fica atrás e já está com o nome na ponta da caneta para autografar seu livro. "Chamei as amigas e a família para vim", frisa.&nbsp;ProjetoO projeto surgiu ainda em agosto após a professora da escola, Chirley Ferreira de Almeida Miranda, 39 anos, ter visto um post em uma rede social sobre o projeto Estante Mágica. Depois de uma pesquisa para saber mais, ela chamou a colega de turma Irene Ribeiro da Silva, 43 anos, também professora para implantá-lo no Cmei. "Nós falamos com&nbsp; diretora e ela super incentivou, então nos cadastramos e começamos o processo, falamos com os alunos sobre a ideia de escrever um livro, fizemos reunião explicando aos pais como era tudo", conta Chirley.&nbsp;Após esses primeiros passos, os alunos passaram a se envolver mais, criando suas estórias com a intermediação das professoras para roteirizar e escrever. "Eles que fizeram os próprios desenhos e nos contaram o que queriam ter no livro, então nós fomos escrevendo", afirma Irene.O processo também teve a participação ativa dos pais e responsáveis, o que era um pré-requisito, já que eles precisavam cadastrar os alunos diretamente no site do projeto, escrever uma biografia do próprio filho, dentre outras questões . "A direção disponibilizou computadores para que eles tivessem acesso e não ficassem impedidos de participar, e ficamos surpresas pelos que realmente se envolveram ", ressalta a professora Irene.&nbsp;Após o processo de escrita e ilustração do livro, todos os documentos foram enviados para o site do projeto e os pais custearam a impressão, alguns que chegaram a comprar até 10 cópias. Ao todo, 95 livros foram comprados pelos pais e responsáveis e os alunos poderão autografar e também receberão certificado de participação no projeto. "É algo muito bonito, esse projeto é realmente mágico, todo o processo, as crianças melhoraram a leitura, a escrita, ficaram mais participativas nas aulas e os pais também se envolveram", lembra Chirley.&nbsp;"Nós também aprendemos muito, a escutar e compreender mais o que eles querem, a aprender modos diferentes de ajudar eles. Foi muito gratificante", frisa Irene.&nbsp;O lançamento é aberto a comunidade e todos são o convidados a prestigiar os pequenos escritores.<div attr-cid="policy:1.1950597" attr-version="policy:1.1950597" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.1950597" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.1950597', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.1950597">Imagem (1.1950597)</a></div><div attr-cid="policy:1.1950571" attr-version="policy:1.1950571" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.1950571" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.1950571', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.1950571">Imagem (1.1950571)</a></div><div attr-cid="policy:1.1950568" attr-version="policy:1.1950568" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.1950568" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.1950568', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.1950568">Imagem (1.1950568)</a></div>

Alunos de 5 e 6 anos lançam primeiros livros ilustrados após projeto no Cmei de Taquari

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As inscrições para o Enem 2025 começam nesta segunda-feira (26) e seguem abertas até o dia 6 de junho. Estudantes de todo o país terão esse período para garantir participação na principal porta de entrada para o ensino superior.

Na última sexta-feira (23), o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que todos os alunos do 3º ano do ensino médio matriculados em escolas públicas serão automaticamente pré-inscritos no Enem 2025.

<ul>
	<li>Veja vídeo do Bom Dia Tocantins: <a href="https://g1.globo.com/to/tocantins/videos-bom-dia-tocantins/video/enem-abre-inscricoes-nesta-segunda-feira-26-e-apresenta-novidades-confira-13628592.ghtml" target="_top">Enem abre inscrições nesta segunda-feira (26) e apresenta novidades; confira</a></li>
</ul>

Segundo o ministro, os dados desses estudantes já estarão previamente preenchidos no momento da inscrição. Com isso, o candidato deverá apenas confirmar a participação e escolher o idioma da prova de língua estrangeira, entre inglês ou espanhol.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/economia/veja-principais-erros-e-como-usar-a-declarac-o-pre-preenchida-do-imposto-de-renda-2025-1.3268177">Veja principais erros e como usar a declaração pré-preenchida do Imposto de Renda 2025</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/aprovados-em-concurso-da-educac-o-de-palmas-fazem-mutir-o-de-exames-na-expectativa-para-nomeac-o-1.3267528">Aprovados em concurso da Educação de Palmas fazem mutirão de exames na expectativa para nomeação</a></div>

Outra medida é o retorno da certificação do ensino médio pelo Enem, possibilidade que havia sido suspensa nas últimas edições. Com a retomada, candidatos que atingirem a nota mínima exigida poderão obter o diploma de conclusão do ensino médio por meio do exame.

A seguir, reunimos as respostas para algumas dúvidas em relação a inscrição do exame nacional:

O QUE É NECESSÁRIO FAZER PARA SE INSCREVER NO ENEM 2025?

Para se inscrever no Enem 2025, o candidato deve seguir alguns passos. Primeiramente, o estudante deve acessar a página do participante, na Página do Participante, com uma conta Gov.br. Em seguida, o candidato deverá informar suas informações pessoais, como CPF, data de nascimento, email válido, número de telefone e outros.

Após essa etapa, o site emitirá um boleto bancário, referente ao valor da taxa de inscrição de R$ 85.

Para pagar, o participante deverá realizar o pagamento do boleto em qualquer banco, casa lotérica, aplicativos bancários ou por Pix, a partir do QR code localizado no próprio boleto até a data de vencimento.

Lembre-se: A inscrição só será confirmada após o pagamento da taxa de inscrição.

QUEM TEM O BENEFÍCIO DA ISENÇÃO DA TAXA DE INSCRIÇÃO PRECISA SE INSCREVER NESSE PERÍODO?

Sim. Os participantes que se cadastraram no pedido de isenção e foram beneficiados não estão inscritos automaticamente no Enem 2025. É necessário que o candidato efetive sua inscrição durante o período geral de inscrição, que termina às 23h59 do dia 6 de junho.

QUANDO SERÁ O ENEM 2025?

Na maior parte do país, o exame será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, em dois domingos consecutivos. Somente em três cidades do Pará — Belém, Ananindeua e Marituba—, as provas foram transferidas para 30 de novembro e 7 de dezembro, devido à realização da COP30, a conferência do clima da ONU (Organização das Nações Unidas).

No primeiro dia, serão aplicadas as provas de linguagens, ciências humanas e redação, e os candidatos terão cinco horas e 50 minutos para completar o exame. No segundo, os temas cobrados serão ligados a ciências humanas e matemática, e os estudantes terão cinco horas.

Nesta edição, o Enem não sofrerá alterações no seu modelo de prova. Ou seja, o exame será composto por 180 questões de múltipla escolha, com 45 perguntas para cada área de conhecimento e a redação.

Ao todo, serão abordadas cinco áreas do conhecimento:

- Ciências da natureza: biologia, física e química

- Ciências humanas: filosofia, geografia, história, sociologia

- Linguagens: português, inglês ou espanhol, literatura, artes, educação física, tecnologias da informação e comunicação

- Matemática

- Redação

Inscrições para o Enem 2025 começam nesta segunda (26)

Inscrições para o Enem 2025 estão abertas até 6 de junho

Cidades

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Educação

A relação entre Gabriel García Márquez e William Faulkner vai além da simples admiração entre escritores; ela se reflete em uma profunda influência na construção de seus estilos literários, que ajudaram a consolidar suas trajetórias como mestres da literatura mundial. Ambos receberam o Nobel de Literatura e deixaram marcas indeléveis no campo literário, especialmente nas peculiaridades de seus cenários ficcionais e na forma como abordam o tempo e a memória. Ao comparar os universos criados por cada um, como Macondo, criado por García Márquez em Cem Anos de Solidão, e Yoknapatawpha, o condado fictício de Faulkner, podemos observar como o autor colombiano se apropriou da técnica do mestre americano para criar seu próprio estilo narrativo.

Faulkner é famoso por construir Yoknapatawpha como um microcosmo, um condado fictício que se torna o verdadeiro coração de suas obras. Através desse cenário, ele cria um labirinto de histórias interligadas, onde as vidas dos personagens se cruzam ao longo do tempo, formando um espaço repleto de memórias e significados. A narrativa não linear, com múltiplos pontos de vista e o fluxo de consciência, confunde a percepção do tempo e transforma o condado em uma experiência subjetiva e caleidoscópica. Gabriel García Márquez se inspira nesse modelo ao criar Macondo, a cidade fictícia de Cem Anos de Solidão. Assim como Yoknapatawpha, Macondo não é apenas um espaço físico, mas um microcosmo onde os destinos dos personagens e a memória coletiva se imbricam de maneira indissociável. Macondo reflete a complexidade da história latino-americana e se torna palco onde o real e o fantástico se entrelaçam.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/opiniao/tendencias-e-ideias/palmas-36-anos-o-brilho-da-capital-e-a-sombra-da-fome-um-chamado-urgente-por-comida-na-mesa-1.3265913" target="_blank">Palmas, 36 anos: o brilho da Capital e a sombra da fome - um chamado urgente por comida na mesa</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/opiniao/tendencias-e-ideias/por-que-mangabeira-unger-fracassou-no-governo-lula-1.3260813" target="_blank">Por que Mangabeira Unger fracassou no governo Lula</a></div>

Ambos os autores compartilham a ideia de que o lugar, seja uma cidade ou um condado, possui uma memória própria, impregnada de experiências históricas e culturais que moldam as vidas dos indivíduos que nele habitam. Em Cem Anos de Solidão, os habitantes de Macondo estão conectados a um passado que se repete, como se a cidade fosse uma prisão temporal. Essa característica também aparece nas obras de Faulkner, com o passado de Yoknapatawpha se sobrepondo ao presente e criando um clima de inevitabilidade que permeia o destino dos personagens.

Uma das influências mais notáveis de Faulkner sobre García Márquez é a utilização do fluxo de consciência e a forma como ambos abordam o tempo de maneira não linear. Faulkner, com sua técnica de múltiplos pontos de vista e narrativas fragmentadas, cria uma simultaneidade de vozes e eventos que permite ao leitor entrar em contato com as subjetividades dos personagens, cuja memória é fluida e muitas vezes contraditória. García Márquez adota esse estilo e cria uma temporalidade cíclica em Cem Anos de Solidão, onde o tempo não é linear. Em Macondo, o tempo se repete, se dobra e se entrelaça, refletindo as idiossincrasias da memória coletiva da América Latina. A famosa frase "O problema de Macondo foi que, a partir de um certo momento, começou a ser fundado por pessoas que não se lembravam de nada" sintetiza a ideia de que a repetição do passado condena os habitantes a uma história sem fim.

Faulkner introduz a ideia de que o passado nunca está distante, mas se faz presente, se sobrepõe ao presente e molda o futuro. A reinterpretação do tempo e da memória, em Faulkner, é íntima e subjetiva; em García Márquez, ela adquire uma dimensão quase mítica. Ambos questionam a linearidade do tempo e da história de formas igualmente eficazes, mas com tonalidades e enfoques diferentes.

Os legados de Faulkner e García Márquez moldaram a literatura mundial do século XX de maneiras distintas, mas igualmente significativas. Faulkner, com sua desconstrução da narrativa tradicional e sua crítica à sociedade sulista dos Estados Unidos, criou um estilo que influenciou muitos escritores contemporâneos. Seu enfoque em temas como decadência social, racismo, culpa histórica e luta pela identidade continua relevante nas discussões literárias atuais. Já Gabriel García Márquez ampliou as fronteiras da literatura latino-americana e mundial com o realismo mágico, tornando-se um dos maiores representantes do chamado "Boom" latino-americano. A fusão entre o fantástico e o real em suas obras se tornou um ponto de referência para várias gerações de escritores, além de sua capacidade de articular as complexidades históricas e sociais da América Latina.

Ao comparar os legados de ambos, percebemos que Faulkner teve um impacto decisivo na narrativa moderna, especialmente no que diz respeito à exploração da subjetividade e do tempo. No entanto, o legado de García Márquez, profundamente conectado à realidade social e política latino-americana, criou uma estética literária única, que ultrapassou fronteiras e se tornou um símbolo da complexidade cultural da América Latina. Seu estilo, influenciado por Faulkner, ajudou a dar forma a uma literatura mais universal e a integrar o fantástico ao real de maneira inovadora.

Embora ambos os escritores tenham deixado legados monumentais, a obra de Gabriel García Márquez, com sua visão profundamente enraizada na realidade histórica e social da América Latina, parece ter um impacto mais amplo, alcançando leitores em todo o mundo. Contudo, a influência de William Faulkner sobre Márquez é inegável, especialmente em sua manipulação do tempo, da memória e na construção de mundos ficcionais que exploram o destino coletivo dos povos. A fusão das influências de ambos resultou em um estilo único, essencial para o entendimento da literatura do século XX.

Os artigos publicados não refletem a opinião do Jornal do Tocantins. Sua publicação obedece ao propósito de estimular e fomentar a diversidade e o debate de temas locais, nacionais ou mundiais.

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A herança compartilhada: William Faulkner e Gabriel Garcia Márquez

Opinião

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Salatiel Soares Correia

Após promessas de recomposição orçamentária, o governo Lula (PT) limitou os gastos de universidades federais até novembro.

Publicado em 30 de abril, o decreto 12.448/2025 —que detalha a programação orçamentária do Executivo— tirou R$ 2,5 bilhões do MEC (Ministério da Educação) e reduziu o uso de recursos pela pasta. No documento, a gestão petista ainda exigiu um parcelamento maior das despesas na esplanada.

Logo, as instituições de ensino foram avisadas que terão seu orçamento remanejado. Os repasses mensais a elas serão fracionados em 18 partes. Até novembro, somente 11 serão pagas, aproximadamente 61% do previsto para o ano. O restante foi prometido para dezembro.

Procurado, o MEC disse que o decreto não reduz o orçamento das universidades, mas fixa prazos para limite de empenho por mês. No entanto, o Executivo também ordenou que a liberação dos recursos será feita somente em três etapas: em maio, de junho a novembro, e em dezembro. A mesma fórmula já havia sido utilizada em 2024.

A Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), que representa todas as universidades do país, diz estar profundamente preocupada com a situação, que ocorre em meio a cobranças por recomposição orçamentária.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/economia/concurso-e-empregos/bolsas-de-ate-r-1-7-mil-s-o-oferecidas-em-vagas-de-estagio-no-tocantins-veja-areas-1.3263633" target="_blank">Bolsas de até R$ 1,7 mil são oferecidas em vagas de estágio no Tocantins; veja áreas</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/economia/concurso-e-empregos/processo-seletivo-abre-vagas-para-professores-substitutos-do-ifto-com-salarios-de-ate-r-8-5-mil-1.3262520" target="_blank">Processo seletivo abre vagas para professores substitutos do IFTO com salários de até R$ 8,5 mil</a></div>

Desde 2023, o MEC promete ajuda aos centros de ensino para mitigar o déficit acumulado nos últimos anos. No ano passado, até anunciou investimentos, mas não supriu as necessidades.

Segundo a Andifes, as reitorias têm despesas mensais com assistência estudantil, bolsas acadêmicas, contratos de terceirização, restaurantes, água e energia. "Portanto, limitar a execução mensal e liberar parte do orçamento somente em dezembro inviabiliza a continuidade das atividades."

Algumas gestões já iniciaram contingenciamento. Uma delas foi a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), que emitiu nota a todas as suas faculdades na qual anuncia a limitação de viagens, restrições no uso do transporte da universidade e suspensão da aquisição de equipamentos de informática.

"Imagina pagar contas mensais como terceirizados, bolsas de estudantes, luz com somente parte do orçamento em maio e sem saber quando virá a próxima parcela entre junho e novembro", diz Marcia Barbosa, reitoria da instituição gaúcha.

Já a UFPB (Universidade Federal da Paraíba) reduziu os recursos dos centros de ensino em 4,68% e cortou a verba da manutenção predial em 18,01%. A reitoria também determinou que sejam realizados apenas reparos essenciais e que não haja mais aberto de ordem de serviço.

As instituições alertam que, já no curto prazo, essa situação pode trazer impactos tanto em relação aos processos de aquisição e contratação que ainda não foram executados neste ano, como também podem causar atrasos pontuais de pagamentos de serviços básicos, casos de água e luz.

O MEC diz que faz desde 2023 um esforço consistente para recuperar o orçamento das universidades federais. "Essa recuperação é necessária em função das grandes perdas que as universidades federais sofreram, principalmente nos anos de 2020, 2021 e 2022 [governo Jair Bolsonaro]."

A pasta de Camilo Santana ainda afirma estar está em diálogo constante com as reitorias sobre as demandas da comunidade acadêmica.

HISTÓRICO DE CRISES

Há quase um ano, o governo anunciou um pacote de R$ 5,5 bilhões para as instituições diante da pressão causada pela greve de professores e servidores de universidades e institutos federais, que chegou a 69 dias em alguns casos.

No entanto, a maior parte dessa verba já estava prevista no Novo PAC, sendo apenas R$ 250 milhões recursos realmente novos. Também foram incluídos no pacote novos projetos para a área.

No ano passado, a Folha mostrou que dezenas de universidades federais de todas as regiões do país acumulavam obras paradas ou atrasadas e projetos abandonados em razão da queda de orçamento dos últimos anos.

Em julho, Lula chegou a participar da inauguração do campus Quitaúna da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em Osasco, anunciado 16 anos antes. Na cerimônia, ouviu de estudantes que a unidade ainda estava incompleta, sem auditório, biblioteca, quadra e anfiteatros.

Universidade mais antiga do Brasil, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) publicou carta aberta afirmando estar "respirando por aparelhos". A crise levou a cortes nos fornecimentos de água e luz e redução no número de funcionários da segurança.

Decreto de Lula limita orçamento de universidades federais, que iniciam contingenciamento

Política

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Harold Bloom, influente crítico literário e professor da Universidade de Yale, deixou sua marca na história do pensamento literário com o livro O Cânone Ocidental, no qual selecionou os escritores que, segundo ele, compõem o núcleo da grande literatura do Ocidente. No entanto, esse projeto ambicioso cometeu uma omissão notável: Machado de Assis, o maior escritor brasileiro — e para muitos, um dos maiores do mundo — foi deixado de fora dessa seleta galeria.

A ausência causou surpresa e indignação entre leitores e críticos que reconhecem em Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro e Quincas Borba não apenas obras-primas da literatura brasileira, mas conquistas universais da arte narrativa. A prosa irônica, o olhar psicológico agudo, a inovação formal e o domínio absoluto da linguagem fazem de Machado de Assis um autor à altura — ou além — dos nomes consagrados por Bloom.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/opiniao/tendencias-e-ideias/sonho-de-uma-noite-de-ver-o-1.3252922" target="_blank">Sonho de uma noite de verão</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/opiniao/tendencias-e-ideias/aceitar-elogios-ou-insultos-lic-o-que-aprendi-com-cora-coralina-1.3251423" target="_blank">Aceitar elogios ou insultos? Lição que aprendi com Cora Coralina</a></div>

Contudo, há um gesto raro e admirável nessa história. Ao tomar conhecimento mais profundo da obra machadiana, Harold Bloom reviu sua posição. Em entrevistas posteriores, admitiu seu erro e afirmou que Machado de Assis era, sim, um gênio, comparável a Sterne, Cervantes e Kafka. Esse reconhecimento tardio foi também um ato de humildade intelectual. Poucos críticos de seu prestígio teriam a coragem de reconhecer uma falha tão significativa. Bloom o fez.

Machado, que foi um dos primeiros grandes escritores negros do Ocidente, antecipou com sofisticação temas como alienação, desejo, hipocrisia social e o niilismo moderno. Seu humor trágico e sua inteligência corrosiva permanecem vivos — e talvez seja esse o segredo de sua permanência. A justiça, ainda que tardia, foi feita. E Bloom, ao incluir Machado em sua galeria imaginária, reconheceu que o cânone não é estático, mas sim algo vivo, aberto ao encontro com a grandeza literária, onde quer que ela floresça.