Desde os nove anos de idade, Giovanna Maria Santos Costa Lacerda já participa de competições de Triathlon. Próxima de completar 19 anos, data celebrada no próximo dia 10 de julho, a atleta tocantinense, que nasceu em Gurupi, mas mora em Palmas desde os primeiros dias de vida, acumula conquistas e um objetivo: disputar os Jogos Olímpicos.Não será nas Olimpíadas de Tóquio 2020, que a tocantinense fará sua estreia olímpica. O evento marcado para o ano passado, mas adiado para 2021 por conta da pandemia de Covid-19, será entre 23 de julho e 8 de agosto. Enquanto isso ela segue em busca de conquistas e quem sabe uma vaga em Paris-2024 ou Los Angeles 2028.“Disputar uma olimpíada é a principal meta de um atleta, então foco em Paris 2024 e Los Angeles 2028. Estou em um momento de transição entre as categorias Júnior e Sub-23 e no próximo ano já devo mudar de categoria. Vamos mudar de prova, sair do Sprint para o Olímpico, é um momento de adaptação. Pretendo disputar em 2021 toda competição que aparecer”, fala com firmeza a triatleta de 18 anos, que no último domingo, 9, subiu no lugar mais alto do pódio na classificação geral feminina da Copa Brasília de Triathlon (válida como campeonato brasiliense da modalidade), na distância Sprint (750 m de natação / 20 km de ciclismo / 5 km de corrida).Giovanna Larcerda, ou Gigi, como é carinhosamente chamada pela mãe, a subtenente da policial militar Márcia Regina dos Santos, voltou a competir depois de cinco meses. A triatleta não disputava uma prova oficial desde dezembro do ano passado, quando também ficou em primeiro geral do feminino da Copa Brasília de Triathlon, mas na distância Olímpica (1.5 km de natação / 40km de ciclismo / 10 km de corrida).Mesmo jovem, Giovanna demonstra ter foco na carreira e sabe que tem que lidar com a pressão por resultados se quiser chegar em uma olimpíada. “Procuro lidar de forma tranquila com essa pressão, mas sei que é uma busca constante pelo aprimoramento. Sei que tenho que me dedicar cada dia mais para ter um futuro que seja promissor. É preciso saber corrigir os erros em treinos e em provas para que tudo aconteça da melhor forma, o que vai gerar melhores resultados”, pontua.Conquistas e FamíliaLacerda faz parte da equipe Júnior da Seleção Brasileira e em 2020 passou dois períodos em Portugal, entre a metade de agosto e o final de setembro (46 dias), depois recebeu convocação outra vez e ficou por lá entre 24 de outubro a 24 de novembro.A triatleta participou da Missão Triathlon Brasil, em um Centro de Alto Rendimento, localizado em Rio Maior. Atletas de 15 anos até os competidores da elite fizeram parte do programa de treinamento. Durante o período que esteve em Portugal ela conquistou a 2ª colocação geral na Copa Europeia Júnior.Subir no pódio é um exercício comum na trajetória esportiva da tocantinense, entre competições estaduais, nacionais e internacionais ela acumula muitas conquistas, mas destaca o três que considera as mais importantes em sua carreira pela categoria Júnior: campeã brasileira (2019), campeã sul-americana (2019) e campeã mundial estudantil (2017).Giovanna vem de uma família de triatletas, a mãe é triatleta e já participou do Ironman, uma das maiores competições do triathlon mundial. O irmão, Yure Lacerda, já fez parte da seleção brasileira do esporte e também chegou a disputar competições internacionais.“Ela é muito determinada e não tenho nem um trabalho em cobrar nada da parte da Giovanna, pois ela sabe o que quer. Começou a treinar com mais 3 colegas e para não sobrar na natação tinha que fazer mais força, da mesma forma no ciclismo e na corrida. Ela tinha também uma disputa com ela mesma. Ela não queria ficar para trás e isso ajudou a sempre ter mais força”, comenta Márcia Regina, que diz amar o triatlhon e além do papel de mãe, também faz papel de técnica e é uma grande fã da filha.Questionada sobre os estudos da filha caçula, a mãe explica que ela terminou o Ensino Médio e atualmente se dedica exclusivamente ao triathlon, mas que ela saberá o tempo de quando conciliar os estudos com as atividades esportivas.TreinosPor conta das três modalidades que envolvem o triathlon, os treinos para um bom desempenho nas provas são exaustivos, explica Giovanna, que treina de domingo a domingo.“É uma rotina de muita intensidade. Na segunda-feira, tenho corrida e ciclismo pela manhã e natação à tarde. Na terça, ciclismo pela manhã e às vezes corrida logo depois, fortalecimento no meio da manhã e natação pela tarde. Na quarta, corrida na pista, ciclismo no meio da manhã e natação pela tarde. Na quinta, ciclismo pela manhã, fortalecimento no meio da manhã e natação pela parte da tarde. Na sexta, corrida pela manhã, natação à tarde e às vezes ciclismo de manhã também. No sábado, é dia da T2 principal, bike e corrida, às vezes natação pela tarde. No domingo, ciclismo longo pela manhã”, comenta.Giovanna relata que atualmente os seus treinos são em Palmas, mas que deseja voltar a treinar em Goiânia (GO), pois é onde seu treinador reside e o que pode ajudar a melhorar o seu desempenho nas provas. A triatleta tocantinense deve voltar a competir no dia 13 de junho, na segunda etapa da Copa Brasília de Triathlon, na capital federal.