Dois dias depois da seleção feminina de futebol dos Estados Unidos perder o processo contra a Federação Norte-Americana no qual exigia igualdade de salários com o time masculino, o FIFPro, o Sindicato de Jogadores Profissionais, publicou, nesta segunda-feira (4), um documento de 112 páginas em que reclama, entre outras coisas, "um tratamento justo, coerente e de grande alcance", além de considerar necessário tomar outro caminho com relação ao futebol feminino em alguns aspectos.O sindicato ressalta que "as regulamentações do mercado não devem ser aplicadas cegamente ao futebol feminino", pois poderia causar consequências negativas. "Regras de compensação poderiam impedir significativamente o fluxo de jovens talentos e o desenvolvimento desses jogadores."O documento também pede a revisão do regulamento da FIFA sobre o Estatuto e Transferência de Jogadores a ser aplicado ao futebol feminino, dando autonomia e responsabilidade a nível nacional para federações, ligas e clubes."Quando as normas trabalhistas entram em vigor ocorre um crescimento maior do número de clubes profissionais, além de competições mais fortes em todas as frentes; e isso tem o potencial de tornar o ciclo mais interessante", disse o FIFPRO.O estudo também aponta algumas alterações que poderão ser feitas rapidamente. "Nesta primeira fase do desenvolvimento do esporte, o mais oportuno a fazer são os direitos de trabalho básico e fundamental. Isso exigirá um esforço do grupo de jogadores e dirigentes para que se reforme os caminhos a serem seguidos. É necessária a união de todos."