A Fifa confirmou nesta terça-feira (31) que estuda um meio de "ajudar" o futebol mundial, em um momento em que a pandemia do coronavírus afundou os clubes e os campeonatos em uma crise sem precedentes. A entidade, com sede na Suíça e que reafirmou ter uma situação econômica "sólida", com cerca de 1.5 bilhão de dólares (R$ 7,8 bilhões) em reservas."O valor reflete sobre as possibilidades de proporcionar uma ajuda à comunidade do futebol por todo o mundo", afirmou em comunicado enviado à AFP. Em 18 de março, um dia depois do anúncio do adiamento da Eurocopa-2020 e da paralisação de todas as competições de clubes, nacionais e continentais, a Fifa anunciou a criação de um grupo de trabalho, composto pela entidade e as confederações, para estudar as consequências da crise do coronavírus sobre o calendário internacional e as janelas de transferências.A Fifa anunciou também a criação de um "potencial fundo de apoio" ao futebol mundial. Os detalhes relativos a este fundo poderão ser anunciados até o fim de semana, segundo fontes concordantes. A forma exata e os detalhes desta ajuda "estão atualmente em estudo e são discutidos em colaboração com as federações-membro da Fifa e outros patrocinadores".Na semana passadao, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, avisou que o mundo do futebol deve se preparar para o pior, mas que a entidade fará de tudo para ajudar. "Todos teremos de fazer sacrifícios. Saúde primeiro e depois tudo o mais. É esperar o melhor e se preparar para o pior. Sem pânico. As Federações e Ligas devem seguir as recomendações dos governos", afirmou o dirigente, que prepara uma ajuda a clubes e federações com o impacto econômico que o coronavírus traz com suspensões e paralisações de campeonatos.Infantino destacou ainda a colaboração da Fifa com a Uefa e a Conmebol. "Mostramos um espírito de cooperação e solidariedade com a Europa e a América do Sul (em alusão aos adiamentos para 2021 da Eurocopa e da Copa América). Agora temos que pensar no momento dos clubes e nas decisões sobre a regulamentação do status dos jogadores e transferências. Temos que pensar em proteger contratos. São necessárias medidas. Será difícil, mas não há outra opção. Todos teremos que fazer sacrifícios", completou.