Vinte e uma escolas da rede estadual de ensino terão suas atividades encerradas devido a um ordenamento da Secretaria da Educação, Juventude e Esportes (Seduc). Desse total, 12 delas manterão parte das atividades em parceria com as prefeituras municipais. A reordenação das matrículas e outras medidas adotadas, conforme a gestão da educação, irão otimizar serviços, recursos e espaços educacionais passando a atuar com 499 unidades escolares em todo Estado, conforme a Seduc. A medida é parte da reforma administrativa promovida pelo Governo do Tocantins.

A Seduc informou que durante estudos identificou situações “que inviabilizavam a continuidade do atendimento em 21 escolas”. Os alunos dessa unidade, que são mais de 4,8 mil e os 1,8 mil profissionais que atuavam nessas unidades já foram remanejados e a partir de segunda-feira, 4, primeiro dia do ano letivo, estarão em outras unidades, próximas as anteriores. “A equipe da Educação se dedicou intensamente nos últimos meses e analisou caso a caso. Com a readequação realizada, nenhum estudante da rede saiu prejudicado, visto que as mudanças se deram para unidades muito próximas das escolas anteriores”, relatou a secretária da Seduc, Adriana Aguiar, por meio da assessoria de comunicação da Educação.

Entre as situações, que conforme a Seduc, inviabilizavam a atuação dessas unidades escolares estão convênios com instituições que divergem da competência do Estado e a baixa procura por matrículas. “Nos últimos dez anos, a redução na procura por vagas foi de 31,2%, o reordenamento também diz respeito à adequação à realidade do Estado. Os motivos para esta redução de matrículas são diversos, passando pela diminuição nos índices de natalidade até o surgimento de outras modalidades de ensino, como as escolas técnicas”, frisou Adriana.  São cerca de 150 mil estudantes matriculados na rede que tem capacidade para 180 mil alunos.

Parceria

Ainda conforme a Seduc, mesmo com o fechamento das unidades, parte delas continuarão com atividades por meio de parcerias com as redes municipais de ensino. São 12 prédios que serão cedidos às prefeituras. Uma desses casos é da Escola Estadual de Tempo Integral Frei José Maria Audrin, em Porto Nacional, que gerou mobilização contrária da comunidade local. Também estão nessa lista as escolas abaixo:

  • Colégio Estadual José Bonifácio, em Xambioá;
  • Escola Estadual Apoenam De Abreu, em Arraias;
  • Escola Estadual Joaquim José de Almeida, em Taguatinga;
  • Escola Estadual Olavo Bilac, em Presidente Kennedy;
  • Escola Estadual Regina Siqueira Campos, em Lizarda;
  • Escola Estadual Novo Horizonte, em Rio Sono;
  • Escola Estadual Pio XII, em Tocantinópolis;
  • Escola Estadual Trajano Coelho Neto, em Pium;
  • Escola Estadual Joana Medeiros, em Ponte Alta do Tocantins;
  • Escola Estadual Henrique Figueiredo de Brito, em Babaçulândia;
  • Escola Estadual Manoel Messias, em Miracema

Outro caso é de duas unidades em Novo Acordo que funcionavam no mesmo terreno, a Escola Estadual Diolindo dos Santos Freire e a Escola Estadual João de Abreu, sendo que essa última, então, abrigará a demanda.

Convênios

Entre os convênios encerrados pela gestão estadual estão: Colégio Nossa Senhora da Conceição, em Wanderlândia; Colégio Paroquial Sagrado Coração de Jesus e Colégio Pré-Universitário, ambas de Araguaína; Escola Comunitária de Augustinópolis; Escola Conveniada Escola Batista B. Foreman, em Dianópolis; e Escola São Francisco De Assis, em Cristalândia. Os estudantes foram realocados em escolas com prédios próprios da rede estadual.

Outras unidades ainda tiveram parcerias com órgão relacionados à formação e à segurança pública, como é o caso de duas unidades em Palmas, o Centro de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Caic), que receberá o Centro Integrado de Formação e Segurança Pública (Ciforsep), e o Colégio Estadual Augusto dos Anjos, que será um Centro de Formação de Professores e Academia da Polícia Militar.