Diante da confirmação do primeiro caso de coronavírus no Tocantins, o secretário estadual da Saúde, Edgar Tolini, informou em entrevista coletiva que as equipes de Vigilância em Saúde iniciam a partir de agora, a investigação do histórico epidemiológico da paciente. Secretário falou também sobre recursos, testes para o coronavírus e medidas restritivas de circulação de pessoas.

“Ela chegou no dia 8, de um congresso profissional em Fortaleza, três dias depois apresentou os primeiros sintomas de forma moderada, falta de apetite e cefaléia leve. Por recomendação da irmã que é médica, se resguardou em casa, procurou um serviço de saúde privado para realizar o exame e hoje pela manhã recebeu o diagnóstico e imediatamente comunicou os serviços públicos de saúde. Não estava sendo monitorada pelo serviço público porque não procurou a rede pública. Mas agora vamos rastrear a história epidemiológica dela, onde esteve, com quem esteve, quais os lugares passou desde que chegou e seus contactantes”, explicou o secretário, elogiando a postura da paciente.

Questionado se é possível que existam outros casos positivos não monitorados pela Vigilância em Saúde do Estado, Tolini respondeu que sim, entretanto reiterou que há comunicação constante entre as redes públicas e privadas. “É possível. A comunicação com a rede particular tem sido boa, hoje cedo, 8h10, tivemos a notícia de que o paciente de 75 anos, que nos preocupava, foi diagnosticado negativo para o coronavírus. É uma pessoa que tem um índice de complicações, portador de outras doenças crônicas, mas que está sendo assistido na rede particular”, ponderou.

Sobre os recursos na ordem de cerca R$ 3,2 milhões, o secretário ressaltou que já estão em conta e que será usado da melhor maneira possível. Dos 250 testes prometidos pelo Ministério da Saúde, já chegaram 96 kits para o Estado, que serão usados “em casos que necessitem de uma atenção maior.”

Quanto a medidas mais restritivas à circulação de pessoas, o secretário ponderou que caberá ao Comitê de Crise para prevenção da Covid-19 decidir se prorrogará o período de suspensão das aulas, assim como determinar que estabelecimentos privados deixem de abrir. “Não há nenhuma prerrogativa para fechamento de bares, assim como muitos estados não fizeram. Mas reiteramos que as pessoas que puderem fiquem em casa”, concluiu.