Elâine Jardim
A enfermeira Melissa Vasconcelos atua no Samu em Palmas desde que ele foi implantando. Ela diz que trabalhar em uma intuição como o Samu, não é vir para um trabalho. “Se não for assim, estaremos cansados e estressados. Temos que vir com paixão para salvar as pessoas, além de vir preparado”, disse.
Melissa contou que mesmo com problemas em casa, tem que chegar no seu trabalho e pensar em salvar vidas. O caso que mais marcou a profissional foi um acidente que envolveu quatro crianças e a pior parte do trabalho é ter que deixar sua família em casa.
O médico socorrista Luciano Lopes está no Samu há três anos. Ele relatou que a maior dificuldade do serviço é que a população ainda é pouco consciente de sua função. “Nosso desafio é aquilo que a população espera. O Samu é sinônimo de esperança de uma resposta rápida. O nosso desafio é sempre poder estar atendendo a população de forma rápida e eficiente”, garantiu. A ocorrência que mais marcou o médico ocorreu em Taquaruçu, distrito de Palmas, no ano passado, onde um ônibus caiu em um barranco, matando uma mulher e deixando um homem ferido.
Ao ser questionado sobre o que atuar no Samu representa para ele, Lopes disse não ter palavras para descrever. “Sou suspeito para dizer, pois sou apaixonado pelo serviço, sou apaixonado por aquilo que faço. Eu gosto de emergência, gosto de salvar vidas, gosto de estar podendo ajudar as pessoas. Sou muito grato”, disse, emocionado.
Charles Haryguee Coelho da Costa é um técnico em enfermagem que trabalha no Samu há quatro anos. Ele ressaltou que o seu trabalho representa uma realização imensurável, pois é onde ele se realiza profissionalmente e pessoalmente. “Trabalhar no Samu é um desafio constante, é estar pronto para atender uma ocorrência diferente. Trabalhar aqui é ser um portador de esperança, é usar até o último recurso para tentar salvar a vida do próximo”, assegurou.
Ele relatou que sua ocorrência marcante ocorreu quando teve que fazer um atendimento de pré-parto em Taquaralto, região Sul de Palmas. Ele se deparou com uma jovem sentada no chão do banheiro com as pernas ensanguentadas. Quando tomei aquela criança que chorou em meus braços senti uma sensação emocionante de poder ter contribuído em seu nascimento”, contou.
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