Menos de 24 horas depois do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), incentivar em uma live que apoiadores entrassem em hospitais para checarem se há ou não lotação nos leitos de UTI, um grupo de seis pessoas invadiu na tarde desta sexta-feira (12) a ala da Covid-19, restrita a médicos e pacientes, do Hospital municipal Ronaldo Gazolla, no Rio de Janeiro.

Conforme relatos dos profissionais que estavam no local, uma mulher pertencente ao grupo teria inclusive chutado portas e derrubado computadores, até conseguir invadir leitos de pacientes internados. Revoltados e aos gritos de “mentira”, os invasores diziam que tinham direito de checar os leitos, para se certificarem que estes estavam ocupados.

Ainda segundo testemunhas, uma enfermeira, que cuidava de uma paciente idosa, foi obrigada a usar uma cadeira e forçar a porta para evitar que o quarto fosse invadido pelo grupo. A situação só ficou mais calma após intervenção de Guardas Municipais, que retiraram os manifestantes do local.

Ao Globo, fontes disseram que as pessoas do grupo seriam parentes de uma vítima da Covid-19, que teria morrido na unidade de saúde.