Com o objetivo de traçar o perfil dos infectados pela Covid-19 no Tocantins, a Universidade Federal do Tocantins (UFT) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES) realizaram uma pesquisa com dados do comportamento epidemiológico da doença. Os dados apontam que, entre 1º de abril a 25 de julho, das pessoas acometidas pela doença 74,15% se curaram e outras 23,54% estavam em tratamento domiciliar. 

Além disso, outras 1,63% evoluíram ao óbito, sendo que 0,50% estavam internadas e 0,18% eram em unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Esses números são os divulgados pela UFT nesta quarta-feira, 16. Ainda nesse período até julho da pandemia, dos dados analisados, 56,25% pacientes informaram ter febre, contra 43,75% que não tiveram. No caso de tosse a maioria não teve, com 50,64% não e 49,36% sim, e a dor de garganta também não foi um sintoma comum, com apenas 30,38% dos diagnosticados que informou sentir dores na região. 

A pesquisa ainda observou incidência em percentual sobre região de saúde, sexo e raça dos doentes. A maioria dos infectados pela Covid-19 são da região Médio Norte Araguaia, com 47,09%, já em segundo está o Bico do Papaguaio registrando 18,65% e, em terceiro o Capim Dourado com 12,22%. Uma informação importante é que nesse período que os dados foram analisados, há quase dois meses, o Tocantins contabilizava o acumulado de quase 20 mil casos, sendo que atualmente já são 61 mil. Na época ainda, Araguaína estava em primeiro lugar no número de registros e Palmas em segundo, com 5,8 e 4,1 mil, respectivamente. Atualmente a Capital quase 15 mil e a cidade do Norte tem 14,2 mil.

Com relação ao sexo do infectado no período da pesquisa, 52,11% eram mulheres e 47,89% homens. Além disso, a UFT analisou os registros de raça dos doentes, sendo que os pacientes declarados de cor parda tiveram mais registros, com 53,07%. Em segundo lugar ficaram as pessoas declaradas amarelas com 22%, seguido de brancos com 18,63%, pretos com 5,04%, e, na época, os indígenas eram somente 1,25% entre os infectados. 

Pesquisa

Conforme a UFT, para esse diagnóstico a Universidade recebe os dados coletados da doença no Estado e os tabula: “levantamos o perfil das pessoas que vêm a óbito, das que são internadas, entre tantas outras variantes importantes para alertar a população sobre qual o grupo de risco e os principais sintomas da Covid”, explica o professor  Raphael Sanzio Pimenta, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da UFT.

Os dados coletados são divulgados por meio de banners e vídeos curtos em várias redes sociais, com a intenção de alertar a população sobre os principais fatores de risco, a parcela da população mais suscetível à doença, principais sintomas, contágio, entre outros detalhes.