O júri popular de Janner Santiago Pereira, 51 anos, Clênio da Rocha Brito, 61 anos, e Vilmar Martins Leite, 87 anos,acusados de matar e estuprar a professora Isabel Pereira da Silva, 34 anos, em junho de 2009, em Xambioá, norte do Estado, está marcado para ocorrer na próxima quarta-feira, 27, a partir das 8h30, na Comarca de Xambioá. O crime causou grande repercussão na época e até hoje é considerado um dos mais bárbaros do Tocantins. 

Segundo o edital de intimação dos acusados, embora dois deles (Janner e Clênio) não tenham sido possível intimá-los pessoalmente, porque estão foragidos, eles estão intimados para comparecerem ao julgamento através do edital a comparecerem no dia 27 de abril na Comarca de Xambioá. 

Dois filhos da vítima, os estudantes Guilherme Barbosa Rebello, 21 anos, e Bruno Barbosa Rebello, 18 anos, estão habilitados como assistentes do Ministério Público para participar da sessão do júri.

Vilmar, Jenner e Clênio da Rocha Brito, que já estavam presos e agora respondem o processo em liberdade, são os últimos, dos 10 acusados de envolvimento no crime, que ainda não foram julgados. 

Também estão envolvidos no crime, Ronaldo Espíndola da Silva, Sérgio Mendes da Silva, esposo da vítima, que foi condenado a sete anos de prisão, por estupro, e Anderson de Araújo Souza, Wagner Mendes da Silva, e Roseli Francisco Alves da Silva foram sentenciados a 15 anos de prisão por homicídio e mais sete por estupro.

A causa do crime seria motivações políticas. Isabel teria descoberto um esquema, no qual o esposo iria denunciar o prefeito eleito do município, em 2008, Richard Santiago Pereira, em troca de dinheiro. Como ela queria parte da recompensa, acabou sendo morta.

Entenda

A professora Isabel Pereira da Silva, 34 anos, foi assassinada a pauladas na madrugada de 28 de junho de 2009, no cais da cidade de Xambioá. O crime chocou a pequena cidade, pois, de acordo com o inquérito, Isabel era testemunha chave em uma trama política que teria sido montada pelo grupo de oposição ao então prefeito da cidade, Richard Santiago.

O grupo de oposição, liderado por Clênio da Rocha Brito, teria proposto a Isabel o pagamento de R$ 40 mil para que ela prestasse depoimento contra Richard Santiago, em uma acusação de compra de votos, o que levou à cassação de Santiago e à posse de Ione Leite, que tinha Brito como vice-prefeito. No entanto, o casal se desentendeu, resultando no crime.