Nesta segunda-feira, 27, é celebrado o Dia Nacional do Doador de Órgãos. A data marca o Setembro Verde, mês que é voltado para promoção da conscientização sobre a doação de órgãos, na busca pela redução da fila de pessoas que esperam por um transplante. De acordo com a Central Estadual de Transplantes do Tocantins (CETTO), atualmente, o Tocantins tem 108 pacientes na fila de espera. 

Ligada à Secretaria de Estadual da Saúde (SES), a CETTO é a responsável por coordenar, fiscalizar e regular todas as atividades do processo de doação e transplante no Estado. A coordenadora da central, a enfermeira Marília Batista Ribeiro, explica que o Tocantins só realiza, no momento, o transplante de córnea, mas que o Estado faz a captação de múltiplos órgãos.

Questionada como funciona a lista de espera para a realização de transplantes, a coordenadora afirma que a lista é única e organizada por estado ou região, com o monitoramento do Sistema Nacional de Transplante (SNT), obedecendo uma ordem legal. 

“É um ato voluntário que salva vidas e transforma a dor em recomeço. O transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação. E para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o seu desejo de ser doador e deixar claro que eles. Seus familiares devem autorizar a doação de órgãos”, explica a enfermeira sobre a importância da doação de órgãos. 

Dia Nacional do Doador de Órgãos 

De acordo com o Ministério da Saúde, a data de 27 de setembro foi definida como o dia Nacional da Doação de Órgãos através da  Lei nº 11.584/2.007, que visa conscientizar a sociedade sobre a importância da doação e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto. 

Apesar da ampliação da discussão do tema nos últimos anos, trata-se ainda de um assunto polêmico e de difícil entendimento, que resulta em um alto índice de recusa familiar. O órgão do governo cita um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que identificou três dos principais motivos para essa alta taxa de recusa, que não ocorre só no Brasil: incompreensão da morte encefálica, falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte e religião.