Desde a noite desta quarta-feira, 8, feriado de Nossa Senhora da Natividade – Padroeira do Tocantins – que os postos de combustíveis em Palmas, e em várias cidades do Tocantins, são tomados por filas de veículos. O desespero do cidadão é para abastecer carros e motos, porque temem que o País enfrente novamente uma greve de caminhoneiros.

Em um posto localizado no Plano Diretor da Capital, na Arse 112 Sul, a gerente do local, Jucyele Noronha Peres, afirmou que desde às 20 horas desta quarta até às 9h30 desta quinta-feira, 9, o estabelecimento já abasteceu mais de mil veículos. Segundo ela, o produto disponível no local abastece apenas em torno de 100 carros ou motos.

“Fizemos compras antecipada de combustível, mas os caminhões não conseguiram ultrapassar a barreira pra fazer a entrega. Tínhamos comprado 40 mil litros de gasolina, que vinha de Barrolandia para Palmas, porém, o transporte foi barrado em um dos bloqueios dos caminhoneiros e o nosso produto já está acabando. Vamos atender até zerar”, completou.

Em outro estabelecimento, uma fila com mais de 50 carros era organizada por frentistas do posto. E em terceiro local visitado pela reportagem do Jornal do Tocantins também havia filas. Mas a maioria delas estava concentrada nos postos da região sul da Capital.

O professor Jales Lima da Silveira não quis correr o risco de ficar sem gasolina na motocicleta. Ele contou à reportagem que mora na zona rural de Buritirana, distrito de Palmas, contudo, trabalha na região sul da cidade, por este motivo, necessita sempre de seu meio de transporte.  “Além do trabalho, eu rodo 7 km todos os dias para deixar meu filho na escola e não posso ficar sem combustível, então já quis me adiantar para abastecer a moto. Além do mais, a gente acaba ficando com medo de outra greve dos caminhoneiros e tudo parar novamente".

A funcionária pública Maria Eduarda Costa Machado relata que mora em Taquaralto, mas todos os dias faz o trajeto do bairro até o centro de Palmas e copm medo de enfrentar problemas no abastecimento nos próximos dias, ela disse que achou necessário encher o tanque do seu veículo. "Eu moro muito longe do meu trabalho e não posso ficar sem meu meio de locomoção. Ele mebro que em 2018 quando teve a greve dos caminhoneiros, o movimento se tornou um transtorno para minha família, não queremos passar por tudo de novo no País", afirmou Maria.

O motorista de uma empresa, Márcio Roberto Nunes Ribeiro garantiu que não tem medo do combustível acabar, porém, a necessidade o fez ficar mais de uma hora na fila devido ao movimento em um posto de gasolina na Capital. “Acredito que essa movimentação toda seja mais pânico da população, do que de fato uma greve”.

Sindiposto-TO

Em nota, o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado do Tocantins (Sindiposto-TO) informou que a situação no Tocantins segue regular em relação ao abastecimento nos postos.

Porém, a normalidade, segundo a entidade, depende do trabalho da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da articulação do governo federal em relação aos protestos.

Ainda na nota, o Sindicato ressaltou que o pânico da população para comprar combustível pode reduzir significativamente o volume do estoque dos postos em um curto período de tempo, resultando no risco de desabastecimento.

O indicado, segundo a entidade, é que o consumo seja moderado, porque a expectativa é que as manifestações, tão logo, sejam finalizadas, na visão do sindicato.