Em agosto, o Tocantins confirmou mais de 280 mortes por Covid-19, saindo de 390 óbitos no primeiro dia do mês para 673 óbitos nesta segunda-feira, 31, conforme os dados dos Boletins Epidemiológicos da Secretaria Estadual da Saúde (SES). A diferença representa um crescimento de 72,5% nas mortes em decorrência das complicações causadas pela doença no período. 

No início de agosto havia 79 cidades com ao menos um registro de moradores que faleceram após ficarem infectados, já após 30 dias o número subiu para em 96 municípios, que representa um crescimento de 21,5%. 

Em 1º de agosto eram 25.346 casos confirmados acumulados em 138 cidades, durante o mês, e o município de Mateiros que até então não tinha doentes confirmou seu primeiro caso. Nesta segunda-feira são 50.694 registros no período da pandemia, ou seja, o dobro de casos, já que a diferença é de 25.348 infectados. 

Entre os números de infectados com diagnósticos positivos, em especial, na primeira semana e também de óbitos, ao longo de agosto, estão alguns casos ocorridos ainda no mês anterior devido, conforme a SES, os atrasos ou dificuldades de notificação no banco estadual pelos municípios. Veja os boletins das duas datas aqui:  e 31

Semana 

Apesar desse crescimento mensal, em contrapartida, a SES divulgou para a imprensa um dado que mostra uma redução no quantitativo de mortes na última semana, em especial em comparação com o crescente número de casos confirmados da doença em todo o Estado.

Nesse material, a SES afirma que os gráficos do Integra Saúde Tocantins, nos últimos sete dias – 24 a 30 de agosto – foram registrados 39 óbitos, sendo que esse valor é inferior ao da semana anterior - 17 a 23 de agosto -, quando eram 67 óbitos. 

“Vemos que a média de óbitos caiu de 10 para 6 óbitos diários, se considerarmos os dois períodos de 7 dias anteriores. Entretanto, a população não deve confundir a lista de óbitos divulgada diariamente nos boletins como se todos fossem daquele dia, pois existem óbitos do dia, bem como de dias anteriores que só então tiveram resultado laboratorial confirmado ou notificação apresentada.”, destacou o técnico da área de planejamento do Sistema Único de Saúde (SUS), que coordena o sistema Integra, Ullannes Passos Rios, por meio da pasta. 

Cidades

O número crescente de mortes confirmadas durante agosto ocorre não só pelo crescimento do número de cidades com registros, mas também de casos em alguns municípios como Palmas, Araguaína e, em especial, Gurupi. A cidade no Sul do Estado registrava o número de nove falecimentos no início do mês e atualmente são 36 óbitos, assim com 300% de aumento. 

Com percentual de crescimento menor, mais ainda com aumento preocupante nas mortes durante esses 30 dias, Araguaína e Palmas são as cidades com mais diagnósticos acumulados e mais mortes. Em 1º de agosto eram 97 óbitos em Araguaína e 42 em Palmas, sendo atualmente 152 no Norte e 90 na Capital. Os dados mostram um crescimento de 56% e 114%, respectivamente. 

Conforme os dados desta segunda-feira, 31, as demais localidades com mais registros de morte são Paraíso do Tocantins que saiu de 13 para 32, Porto Nacional de 14 para 29, Araguatins de 19 para 23, Colinas do Tocantins de seis para 15, Tocantinópolis de dez para 15, e Guaraí de dez para 14. 

Mais infectados 

Ainda segundo os dados da SES, essas duas cidades também tem considerável crescimento no número de casos acumulados confirmados, em especial Palmas, que ultrapassou Araguaína durante agosto. Os Boletins Epidemiológicos das duas datas apresentam os acumulados de 7.165 em Araguaína e 5.504 em Palmas, no primeiro dia do mês, e 12.460 na Capital e 12.237 na cidade do Norte. 

Com base nesses números, Palmas teve um aumento de 126% e Araguaína de cerca de 70%. Em 20 de agosto, a Capital ultrapassou Araguaína no número de infectados durante a pandemia, com, na data, quase 50 infectados a mais, sendo 9.923 na Capital e 9.877 na cidade do Norte do Estado. 

Em um breve resumo epidemiológico das duas cidades, os primeiros casos de Covid-19 registrados ocorreram em Palmas no mês de março, mas nos últimos dias de abril Araguaína se tornou a cidade com mais registros e se manteve na posição até meados de agosto. Com Araguaína sempre a frente, os números, entre as duas cidades, se distanciaram em grande quantidade em julho, quando a cidade do Norte ficou por muitos dias com cerca de dois mil casos a mais que a Capital. Entretanto, já no início de agosto, a Capital teve um salto nos números diários e passou a se aproximar de Araguaína no quantitativo de novos doentes.