Conforme o médico ginecologista e obstetra especialista em reprodução humana Eduardo Godinho, o melhor tipo de parto varia de acordo com a paciente, o tipo de patologias que ela tem e a indicação que foi proposta para ela naquele momento.

“Se você indicar bem, qualquer parto será muito bem feito. O parto cesárea vai ser muito melhor do que o normal se indicado, e vice-versa. Isso varia de paciente para paciente, do tipo de patologia que tem e a indicação que foi proposta para ela no momento. Muitas vezes, a gente tenta fazer o parto normal e ele acaba virando cesárea, talvez porque foi uma avaliação ou até mesmo porque a gente tenta fazer pelo desejo da mulher, mas vê que na hora não tem condições”, explica.

Para Godinho, o aumento no número de partos normais no serviço público ocorreu “porque o paciente não tem o direito de escolher. Eles chegam lá e 100% dos pacientes jogam para o parto normal, independente se tem indicação ou não”, opina o especialista. Ele criticou, no entanto, que, com o advento das enfermeiras também poderem fazer partos normais e sem o conhecimento adequado, acabou elevando esse número. “Com sucesso, que a gente tem que elogiar, e partos sem sucesso, ou seja, o número de óbitos fetais também aumentou por causa da baixa qualidade e conhecimento de algumas pessoas que fazem os partos”, diz.