A Portaria nº 7 do Ministério da Saúde, publicada no Diário Oficial da União no dia 5 de março, amplia no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o Teste do Pezinho para detecção da toxoplasmose congênita. Ou seja, a partir da mesma amostra de sangue coletada do recém-nascido para a realização do Teste do Pezinho, também, será feita a análise para a toxoplasmose transmitida da mãe para o bebê.

A medida dá um prazo de 180 dias para que os serviços públicos de saúde passem a oferecer o exame. No Tocantins, segundo informou a Secretaria Estadual da Saúde (SES), “a equipe da área técnica responsável está no processo de organização de oferta do mesmo que deve ocorrer dentro do prazo estabelecido pelo Ministério da Saúde.”

Segundo a SES todas as Unidades Básicas de Saúde do Estado estão aptas a realizar a coleta do teste do pezinho, assim como as maternidades públicas, que encaminham o material para análise na Apae de Araguaína.

Doença infecciosa

De acordo com o Ministério da Saúde, a cada 10 mil nascimentos, entre 5 e 22 bebês possuem toxoplasmose, que é uma doença infecciosa, transmitida da mãe para o filho durante a gravidez. Sem tratamento, a infecção durante a gestação resulta em doença congênita em cerca de 44% dos casos, ao passo que o tratamento apropriado reduz esse risco para 29%. O diagnóstico precoce da doença melhora a qualidade de vida das crianças, reduzindo os sintomas, a gravidade dos sinais, como problemas na visão e na audição, dificuldades mentais e motoras, e o número de óbitos. Em 2018 foram registradas 26 mortes em decorrência da doença.

Cobertura

O teste do pezinho tem uma capacidade de cobertura de 100% dos nascidos vivos no Brasil e o exame já detecta seis doenças genéticas/metabólicas e congênitas: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.