Luciano Pereira de Sousa, 34 anos, suspeito de ter matado o próprio sobrinho de dois meses Nicollas Rafael de Sousa Siqueira, foi assassinado, em Ponte Alta do Tocantins, 108 km de Palmas, na madrugada desta segunda-feira, 25. De acordo com a  Polícia Militar (PM), a principal suspeita é a namorada de Luciano, Lazara Moreira Costa, 25 anos.

Ainda segunda a PM, após uma discussão entre o casal, Lázara atingiu o homem na virilha com uma faca. Ele chegou a ser encaminhado para o Hospital Regional de Porto Nacional, 52 km de Palmas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu logo que deu entrada da unidade.

Já Lazára, conforme a PM, foi presa em flagrante em frente ao hospital e encaminhada para a Central de Flagrantes de Porto Nacional.

Delegacia

Segundo o delegado plantonista da Delegacia de Porto Nacional, Gregory Almeida Alves do Monte, no interrogatório da Polícia Civil, Lázara não quis se pronunciar e permaneceu calada. Já quando foi presa pela PM, ela teria dito que agiu em legítima defesa, após ser atingida por Sousa, por golpes de capacete.

O delegado explicou que a jovem foi autuada por homicídio e que a prisão em flagrante já foi homologada pela Justiça, no entanto, agora aguarda uma transferência para o presídio feminino, enquanto isso, ela permanece presa em uma das celas da delegacia de Porto Nacional. “Diante do fato, agora o juiz pode conceder liberdade provisória para que ela aguarde em liberdade o processo ou pode converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, onde permaneceria presa até o julgamento”, concluiu.

Relembre

O pequeno Nicollas Rafael foi morto, no dia 29 de setembro, em Porto Nacional, após ser atingido por uma paulada com o cabo de vassoura deferida pelo tio Luciano Pereira de Sousa contra a mãe da criança, que a carregava no colo.

Segundo a Polícia, a mãe da criança e o irmão discutiam no momento da agressão. O bebê foi levado para o Hospital Regional de Porto Nacional, mas não resistiu e morreu.

Mesmo após o crime, o tio continuava solto. Conforme a PM, ele chegou a ser detido por militares depois de uma denúncia indicar sua localização na zona rural de Monte do Carmo, município vizinho a Porto Nacional. Em seguida, ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia da Mulher de Porto Nacional, ouvido e liberado. 

Segundo o delegado regional da Polícia Civil, Ibanez Ayres da Silva Neto, a liberação foi permitida porque havia sido registrado, até então, somente boletim de ocorrência por lesão corporal e o suspeito ainda gozava de direito constitucional de permanecer em liberdade, por não ter sido detido em flagrante e nem haver mandado judicial de prisão em aberto contra ele.

Na época, o delegado informou que o suspeito já possuía na ficha criminal passagem anterior pela polícia.

Sobre a briga, o delegado regional esclareceu que não se tratou de uma briga provocada por ambas as partes, como inicialmente cogitou-se quando da divulgação das circunstâncias da morte da criança. "A mãe foi vítima de agressão", enfatizou o delegado regional.