A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia deu o prazo de 20 para o ministro da Justiça e Segurança Pública André Mendonça consulte o governo da Espanha sobre a permanência do interesse em extraditar o espanhol Enrique Perez Gomez condenado pela 4ª Vara Federal do Tocantins por tráfico internacional de mulheres para exploração sexual. 
 
Em 2015 o Supremo autorizou a extradição pedida pelo governo espanhol, porque o réu havia sido condenado por crimes semelhantes naquela país, mas a entrega só deveria ocorrer ele cumprir a pena de 8 anos e 6 meses de reclusão, por quatro vezes, imposta pela Justiça Federal no Tocantins.  Ele cumpre pena em Goiânia após ter sido preso naquele estado, em 2014.
 
Em junho deste ano, a 1ª Vara de Execução Penal da Comarca de Goiânia informou ao Supremo que o espanhol tinha direito à liberdade condicional, mas a justiça goiana o mantinha preso porque há um mandado de prisão para fins de extradição expedido pelo próprio Supremo. O mandado busca evitar que a extradição seja frustrada por eventual fuga, segundo ofício da Justiça goiana. 
 
Com o impasse, a ministra decidiu, em decisão publicada nesta terça-feira, 25, consultar o Estado Espanhol para que se manifeste sobre o interesse na continuidade da extradição. Cármen Lúcia também mandou consultar se há autorização do presidente da República para a extradição do espanhol.