A nutróloga Margareth Lacerda Dutra explica que a vitamina d é um pró-hormônio fundamental para o organismo. Ela destaca que deficiência dela no nosso organismo quando se é criança causa o raquitismo, que é a deficiência de crescimento. Já no adulto e no idoso, ela destacou que a deficiência pode causar uma forte perda óssea.

Margareth conta que apesar de não ter trabalhos científicos, já foi verificado que em vários tratamentos de reposição e suplementação de vitamina D, os pacientes tem influência positiva em quadros inflamatórios, doenças autoimunes, esclerose múltipla, hipertensão e diabetes. “A vitamina d é fundamental em qualquer tratamento”, disse.

Ela destacou que nos últimos anos tem sido rotina o exame de dosagem de vitamina d. “Temos identificado uma questão quase que endêmica de baixa de vitamina D. Independente do Tocantins ser um estado extremamente solar, a gente tem verificado essa baixa”, alertou.

Margereth esclarece que as pessoas não conseguem associar os sintomas da falta de vitamina d. “Quando se tem falta de vitamina d você tem fadiga muscular, perda de força muscular. Você pode ter uma descalcificação dos ossos, o próprio metabolismo é prejudicado, mas a pessoa não consegue associar esses sintomas. O médico deve ser procurado sempre e exames devem ser feitos regularmente”, instrui, acrescentando que as pessoas acabam descobrindo o diagnóstico por terem mais acesso à informação.

Ela ressalta que as pessoas têm procurado maneiras alternativas de tratamento para evitar muita exposição ao sol, visto que o Tocantins já é ensolarado por natureza. Com isso, ela disse que as pessoas acabam ficando deficientes. “Apesar da pessoa negra absorver mais a vitamina D pela quantidade de melanina, ela tem baixa maior de vitamina do que as pessoas brancas”, pontua.

Ela lembra que não adianta se expor muito tempo ao sol porque pode piorar a situação. “Pode ocorrer uma ação reverta”.

Envelhecimento

A profissional disse que envelhecimento também prejudica a absorção do nutriente. “Quando a pessoa está envelhecendo ela não tem mais essa biodisponibilidade da vitamina D pela pele, recebendo a vitamina apenas por meio da suplementação”.

SUS

A especialista lamenta que o tratamento para reposição de vitamina D, por meio de suplementação, ainda seja tão caro. “Muitas pessoas não podem tomar sol. A suplementação de vitamina D no Sistema Único da Saúde não existe e esse tratamento às vezes é essencial para bebês, crianças, idosos e gestantes, grupo sensível à doença”, finaliza.