O 4º Prêmio Ministério Público de Jornalismo premiou sete profissionais do Grupo Jaime Câmara (GJC) em cerimônia realizada na Procuradoria-Geral de Justiça na noite desta sexta-feira, 6, em Palmas.

As premiações da noite começaram pela categoria Fotojornalismo. A fotografa do Jornal do Tocantins, Lia Mara da Conceição Oliveira, abriu o caminho para as conquistas dos profissionais do GJC e levou o primeiro lugar na categoria. Nilcem Fernandes, profissional do site AF Notícias ficou com a segunda e a terceira colocação.  

Em Radiojornalismo, France Santiago com "A lição do rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho" faturou o primeiro lugar, seguido Marciley Dias (Rádio 96 FM) que falou sobre o "S.O.S Mulher" em 2º lugar e Rafael Chaves (CBN Tocantins Araguaína) com o "Ministério Público investiga poluição e mortandade de peixes no Rio Lontra" na terceira colocação.

Com seu primeiro prêmio da carreira em mãos, o jornalista Rafael Chaves falou que a sua matéria pressionou os órgaõs de fiscalização a aumentarem o controle na região do rio. "Depois dessa reportagem houve novos casos de derramamento de esgoto e também novas mortandades de peixes, é algo que quase todo mês acontece, porém houve uma atuação mais firme dos órgãos de controle após a imprensa abordar esse assunto de forma mais aprofundada, uma delas com a minha reportagem"

Na categoria Webjornalismo, os destaques da noite ficaram por conta das repórteres do Jornal do Tocantins, que levaram os três prêmios para casa: Lauane Silva em primeiro, Luana Fernanda em segundo e Elâine Jardim em terceiro. Sobre o tema Violência Contra a Mulher, a repórter Luana Fernanda destacou que o trabalho jornalístico é primordial para que a sociedade tenha mais conhecimento sobre a dificuldade que as mulheres violentadas enfrentam.

"Eu me identifico bastante com esse tema porque acho que é uma luta diária de todas. Não podemos nos calar! Sinto que a minha profissão, de alguma forma, tem o dever de fazer justiça em nome dessas mulheres. Muitos dizem que fazem, muitas instituições até tentam fazer, mas na prática é muito difícil ajudar uma mulher violentada, abusada dentro da própria casa. Acredito que a única maneira que nós, enquanto jornalistas, conseguirmos fazer algo pela sociedade é retratar esses casos e encorajar as mulheres a denunciarem as agressões físicas e psicológicas", afirmou.

A repórter Ana Paula Rehbein levou os três prêmios da noite, na categoria Telejornalismo, com os trabalhos: "Lei Maria da Penha completa cinco anos", "Estudantes precisam andar em carros caindo aos pedaços para chegar em escola no Tocantins", "No Tocantins a seca severa transforma rios em lagos". Todas as matérias da jornalista da TV Anhanguera foram vinculadas no Jornal Hoje.  

"Levar o Tocantins para o conhecimento nacional é um desafio muito grande diariamente para nós. Nesse ano essas reportagens premiadas especificamente nos tocaram muito, eu e toda a equipe desde o início do processo. São temas muito sensíveis. Chegamos lá e vimos o rio que forma a Ilha do Bananal desaparecendo, bichos morrendo, algo muito profundo para nós. São três temas que precisam ser expostos diariamente e somos um canal pra isso. Eu me sinto bastante lisonjeada em receber homenagens por reportagens que de alguma forma possam realmente contribuir para que algo seja mudado.", ressaltou a profisssional. 

Prêmio

De acordo com a organização do evento, 24 trabalhos se classificaram para a final, todos produzidos em 2019 e referentes à atuação do MPTO em favor dos interesses sociais e individuais indisponíveis, temática que inclui atividades em diversas áreas como a criminal, patrimônio público e saúde.

Os três primeiros colocados de cada categoria serão premiados com troféu e dinheiro, nos valores de R$ 2,5 mil para o primeiro lugar, R$ 1,5 mil para o segundo e R$ 1 mil para o terceiro lugar.