Um dia após divulgar uma carta aberta à prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) pedindo a reconsideração da dispensa da servidora Nayjla Lane Ramos Gonçalves da direção da Escola Municipal de Tempo Integral Padre Josimo Morais Tavares, os servidores da unidade voltaram a protestar contra a mudança efetivada no último dia 8 de agosto, quando a Prefeitura de Palmas publicou a dispensa da diretora e a nomeação da substituta, Luciana Kramer.

Ainda surpreendidos pela decisão do executivo Municipal, os servidores da unidade escolar fizeram na tarde desta terça-feira, 13, um novo protesto para cobrar o retorno da diretora, alegando que a mudança ocorreu sem aviso prévio.

“Nossa reivindicação é que a direção da ETI Padre Josimo seja composta por alguém de nossa comunidade, porque estamos passando por um constrangimento desde o início do ano com a mudança sem consulta prévia, sem informação, sem nenhum tipo de comunicado para que a gente se organizasse para isso, para pensar em um projeto para a escola”, disse um servidor que preferiu não se identificar.

Os servidores reclamam da situação e alegam que não há uma gestão democrática nas escolas, já que de acordo com o artigo 43 do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos profissionais da Educação Básica de Palmas (PCCR), o (a) diretor (a) deve ser escolhido pela comunidade escolar. Eles destacam ainda que O Plano Municipal de Educação desde 2015 prevê a eleição dos diretores, e a gestão não tem realizado esse processo.

Outro servidor informou que os servidores conversaram com a secretária Municipal de Educação Cleizenir Divina dos Santos, que informou que levaria a demanda à prefeita, pelo menos para que eles participassem da escolha, entretanto isso não teria ocorrido. “Queríamos que a prefeita nos ouvisse antes de tomar uma decisão sobre a manutenção ou não da mudança de gestão, mas isso não aconteceu. A secretária disse que ficaria na escola uma servidora da Semed para acompanhar escola enquanto tivesse esse processo, mas à tarde ela foi embora e decidimos paralisar as atividades. Queremos uma audiência com a prefeita para que ela ouça as reivindicações da comunidade escolar”, explicou um dos organizadores do protesto.

A reportagem pediu um posicionamento à Prefeitura de Palmas sobre a mudança sem aviso prévio aos servidores da unidade e a possibilidade da eleição para escolha do diretor da unidade, e aguarda resposta.