Um paciente de 83 anos de Araguaína, norte do Tocantins, precisou ser submetido a uma cirurgia de apendicite de urgência no dia 21 de julho deste ano, mas teve complicações pós-cirúrgicas e precisou passar por nova operação. 

Nesta fase, contraiu a Covid-19 no Hospital Regional de Araguaína (HRA). O quadro agravou e precisou ser entubado até receber alta clínica no sábado, 4 de setembro, quase dois meses depois, e ser direcionado para um leito clínico.

Mas o quadro pós-covid se agravou e o corpo clínico pediu nova internação em tratamento intensivo.  A ficha de solicitação de vaga e justificativa de internação na UTI, do próprio HRA ponta o paciente está acometido de diabetes, pressão alta, está desorientado, sonolento, acamado, dispnéico, dessaturando, taquicárdico, pós-Covid 19 e em uso de macronebulização. 

O Hospital Regional de Araguaína não possui nenhuma vaga em UTI que não seja para paciente com Covid-19 até esta terça-feira, 7, quando a família procurou assistência jurídica. Uma superlotação mostrada pelo Integra, mantido pelo Estado. Além do HRA, o Hospital Geral de Palmas (HGP) também aparece sem vagas. Apenas o Hospital Regional de Gurupi apresentava quatro vagas de UTI no feriado.

A situação levou a defensora pública Aline Mendes de Queiroz a entrar com uma ação protocolada neste feirado de 7 de setembro, na qual pede que seja determinado ao Estado, com a máxima urgência, a encaminhar o paciente para um hospital, público ou privado, às custas do governo estadual com vaga em UTI para o tratamento adequado.