Três recém-nascidas que teriam necessitado de atendimento na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTI NEO) do Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas, teriam sido transferidas para o hospital Dom Orione, em Araguaína, porque a Intensicare, empresa que administra a ala, estaria com os serviços suspensos por falta de pagamento do governo do Estado.

A presidente do Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed), Janice Painkow, disse que a situação é um descaso com o dinheiro público e com a sociedade. “O dinheiro era pra estar sendo bem utilizado, atendendo uma quantidade maior da população. Está sendo gasto muito mais dinheiro para transportar esses pacientes daqui, por UTI aérea e que não é barata”, ressaltou.

Janice reforçou que a empresa está fazendo uma “operação tartaruga” para receber os pacientes na UTI neonatal por causa do atraso no pagamento das faturas.

O JTo teve acesso a um ofício enviado pela Intensicare à Sesau com data de 20 de novembro de 2015. O documento cobra os pagamentos de faturas de janeiro a outubro deste ano relacionadas aos serviços de UTI Pediátrica e de abril a agosto referentes à UTI Neonatal.

Sesau

Questionada sobre a situação, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informou por, meio de nota, que o serviço de UTI Neonatal do hospital está funcionando normalmente, conforme a disponibilidade de vagas. “Os leitos são gerenciados pela Central de Regulação do Estado, que quando necessário busca leitos de UTI em outras unidades de saúde, este é um processo normal para atender a demanda”, afirmou a nota.

Mesmo questionada, a secretaria não informou se há faturas em aberto com a empresa que administra os leitos, o valor em atraso, previsão de pagamento, nem tão pouco se as recém-nascidas foram transferidas para outro hospital em razão desse atraso. A Sesau também não informou se há leitos de UTI Neonatal no Dona Regina vazios.

A Intensicare foi procurada, mas até o fechamento desta edição não havia se manifestado.