Samara Mateus Alves, de 24 anos, estava grávida de oito meses e perdeu o bebê na última segunda-feira, 7, supostamente pela falta de pediatra no Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas. A situação foi parar na Polícia Civil, após o Conselho Regional de Medicina (CRM) registrar boletim de ocorrência tendo como base a denúncia de uma funcionária que afirmou a falta de médicos na unidade. Esse é o segundo caso de bebês que morrem na barriga da mãe em menos de uma semana, após as exonerações de 629 médicos pelo governo Carlesse.

Conforme o CRM, a jovem não teria sido atendida por um obstetra desde que deu entrada no Dona Regina, ainda no domingo, 6. Na segunda, 7, após ser medicada, ela teria continuado na sala de espera, mas os profissionais constataram que o bebê já estava sem batimentos cardíacos. A família disse à TV Anhanguera que Samara só foi atendida por um médico plantonista e enfermeiros no domingo e nenhum obstetra deu o auxílio e avaliou a paciente.

A grávida chegou a fazer por uma ultrassom, mas só constaram que o bebê havia morrido.

O caso foi denunciado por uma funcionária do Hospital ao CRM que registrou boletim de ocorrência pedindo investigação.

O primeiro caso aconteceu no último sábado, 5, quando outro bebê morreu na barriga da mãe pela suposta falta de atendimento médico em Paraíso. A mulher chegou a ser trazida para Palmas, no entanto a criança não sobreviveu ao parto.

Resposta

A Secretaria de Estado da Saúde informou em nota que não havia falta de obstetra no Hospital e Maternidade Dona Regina. “No domingo, 06, como na segunda-feira, 07, havia três médicos ginecologista obstetra de plantão na unidade”, explicou.

Conforme a pasta, a paciente Samara Mateus Alves foi acompanhada durante todo o período de sua internação, o seu feto de 38 semanas teve uma morte súbita intraútero que será investigada. No entanto, o órgão ainda não especificou como isso deve acontecer.

A Secretaria afirmou, por fim, que “a expulsão do feto via parto vaginal é um procedimento normal e está dentro das condutas médicas adotadas”, complementou.