O empresário do ramo de eventos Bruno Teixeira da Cunha, 37, réu ao lado do  ex-candidato a vereador em Aparecida do Rio Negro Gilberto de Carvalho Limoeiro Parente Júnior, o Júnior da Serra, 47 anos, pela morte do  empresário Elvisley Costa de Lima, avisou à Justiça do Tocantins que não mora mais em Palmas.
 
Ele é réu acusado de ter pago R$ 25 mil para Júnior da Serra executar o empresário Elvisley Costa de Lima, morto após ser atingido por tiros enquanto conversava com Bruno Cunha, por volta das 9h em um dos bolsões de estacionamento da Avenida Palmas Brasil, na Quadra 704 Sul no dia 24 de janeiro deste ano.  Conforme  a denúncia protocolada pelo promotor de Justiça André Varanda no dia 3 de setembro, o homicídio ocorreu por motivo torpe e dificultou a defesa da vítima, foi recebida pelo juiz Marcelo Eliseu Rostirolla e colocou o empresário e o ex-candidato a vereador no banco dos réus.
 
A petição de Bruno informando que agora mora em Goiânia, ocorreu após um oficial de justiça certifica ter comparecido ao endereço dele em Palmas e uma funcionária avisar não existir nenhum morador com o nome dele no condomínio. Com isso, ele jamais recebeu intimação de que fora denunciado e se tornou réu por essa acusação ministerial.
 
Bruno diz que "há tempos"  reside atualmente em Goiânia (GO) e forneceu um endereço do setor Marista, para receber toda intimiação processual. 
 
O outro réu, suposto comparsa de Bruno, também está em Goiás. Segundo a documentação do processo, Júnior da Serra está preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, até que o processo de recambiamento definitivo para o Tocantins seja concluído.
 
A denúncia
Segundo o promotor, no dia do crime, Bruno Teixeira ligou para o empresário propondo uma conversa sobre uma dívida que possuía e Elvisley cobrava o pagamento e o levou para o estacionamento onde havia sido combinada a execução. Enquanto Bruno distraía Elvisley conversando com ele na caminhonete, Júnior da Serra se aproximou do carro, pelo lado da vítima - recurso que dificultou a defesa do empresário, conforme o promotor - e efetuou vários disparos contra ele. Lima morreu no local.
 
“O conjunto probatório indiciário demonstra que o denunciado Gilberto de Carvalho matou a vítima a mando do denunciado Bruno Teixeira, devedor de vultosa quantia à vítima, mediante promessa de pagamento, tendo Gilberto de Carvalho recebido antecipadamente pelo “serviço” a importância de R$ 25.000,00 (conforme dados telefônicos obtidos por meio judicial)”, escreve o promotor.
 
André Varanda afirma que Júnior da Serra ao ser preso em cumprimento a Mandado de Prisão, confessou, em parte, a autoria do crime. Ele está preso em Goiás. Bruno Teixeira tem negado a autoria e é considerado foragido pela Justiça. “Entretanto, as provas coligidas aos Autos de Inquérito (Laudos Periciais, imagens, quebras de dados telefônicos, etc.), indicam a coautoria de sua parte”, acusa o promotor.