A Procuradora-Geral de Justiça (PGJ), Maria Cotinha Bezerra Pereira, protocolou no fim da tarde desta segunda-feira, 19, na Casa Civil do Palácio Araguaia, a lista tríplice destinada a escolha do próximo PGJ.  
 
Na eleição, na sexta-feira, 16, Casaroti alcançou 67 votos (20,7%), Abel Júnior 62 (19,1%) e Sampaio, 57 (17,6%), a atual procuradora-geral de Justiça, Maria Cotinha Bezerreira Pereira recebeu 51 votos e o promotor André Varanda, 19 votos. Houve ainda 68 votos em branco (21%). 
 
A votação acabou marcada pela polêmica que envolveu uma falha no sistema interno do MP, onde se deu a votação, que aceitou o voto de uma colaboradora voluntária de Colinas do Tocantins. A falha acabou pautando a sessão extraordinária do Colégio de Procuradores de Justiça. 
 
Segundo o comunicado do MP, o órgão seguiu o entendimento da comissão eleitoral, de que a falha ao aceitar o voto de quem não era membro "tratou-se de mero problema de ordem técnica, sem má-fé, sem qualquer capacidade de interferência no resultado do pleito". Segundo o MP, o órgão não poderia apreciar a nulidade sem que houve um pedido que resultasse em recurso ao colégio. 
 
"O órgão superior entendeu que, neste momento, não tem competência para apreciar nulidade da eleição e que o assunto é de competência originária do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP). Neste sentido, a apreciação do CPJ só caberia em grau de recurso contra a decisão do referido conselho", diz o comunicado, publicado no site oficial o MP.
 
"Também foi considerado o fato de que a intercorrência se caracterizou como pontual e está tecnicamente identificada e esclarecida pela equipe de Tecnologia da Informação do MPTO", prossegue o comunicado. 
 
O texto informa ainda que o órgão também decidiu realizar uma auditoria externa com Controladoria-Geral da União (CGU) no sistema e informa os fatos ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Também vai abrir instauração de sindicância interna para apurar as responsabilidades.