Os moradores da Casa do Estudante Jornalista Jaime Câmara, em Palmas, continuam sofrendo com a falta de manutenção na residência. Na quarta-feira, os estudantes chegaram ficar cerca de sete horas sem água por falta de pagamento. Ao saber do corte, o Estado teria quitado a dívida e o fornecimento de água restabelecido rapidamente. Entretanto, a notícia deixou os estudantes preocupados. “Ontem (quarta), falaram que eles não iriam pagar nem a água e nem a energia. Eles pagariam as contas atrasadas, mas que as próximas não”, comentou a estudante de Administração Rodimila Cardoso, que mora no local. Questionada, a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) negou que deixaria de pagar contas.

Contas

Rodimila divide apartamento com a também graduanda em Administração Ingrid Almeida e a estudante de Engenharia Ambiental Marliana Amaro. Em conversa com o Jornal do Tocantins, as três relataram que a conta de água já estaria atrasada há três meses. “A energia não sabemos se está atrasada, mas ficamos sabendo que se cortar ficaríamos sem”, disse Ingrid.

Ao ficar sem água das 6 horas até as 13 horas, as três moradoras relatam uma série de problemas com atividades cotidianas.

“Tivemos que encontrar alternativas para a falta do abastecimento. Muitos foram tomar banho nos chuveiros da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Outros foram para casa de namorados, amigos”, comentou Ingrid. Na alimentação, o problema foi o mesmo. “Tivemos que ir almoçar em outros lugares. A maioria foi almoçar no Restaurante Universitário”, lembrou Marliana.

problemas

Em fevereiro, a equipe do JTo esteve na casa. Na entrada, a quantidade e a altura do mato assustavam. Desta vez, o mato estava mais ralo. Conforme Rodimila, porque os próprios moradores se juntaram para minimizar o problema. “Uma das áreas, no fundo da casa, foi cortada com foices. Já na parte da frente, como a máquina estava estragada, nos juntamos para fazer uma vaquinha para arrumar a máquina e poder cortar o mato”, explicou.

A estrutura do prédio de três andares continua precária. As portas dos quartos estão com a madeira danificada. O piso e forro dos banheiros também estão em péssimas condições. A rampa de ferro que dá acesso aos andares superiores está enferrujada.

Insegurança

Outro problema antigo é a falta de segurança do local. O portão de entrada, que também é de ferro, tem partes enferrujadas. “Não tem nenhuma segurança. Entra quem quer, sai quem quer”, colocou Rodimila.

Não é só a Casa do Estudante da Capital que está com problemas. Em fevereiro, a Defensoria Pública Estadual (DPE-TO) entrou com uma ação, em caráter de urgência, pedindo a reformas e manutenção, nas casas de Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e também Palmas.