A audiência sobre a morte do médico Pedro Caldas que estava prevista para acontecer nesta quarta-feira, 20, às 14 horas, no Fórum da Capital, foi adiada para o próximo dia 3 de julho. O Tribunal de Justiça informou que a advogada da defesa, Marcela Juliana Fregonesi, peticionou um atestado médico de três dias que a impossibilitava de trabalhar, ocasionando no adiamento da audiência.

A primeira audiência foi marcada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Palmas, Gil de Araújo Corrêa, e iria ouvir os envolvidos no caso da morte do médico Pedro de Paula Caldas, 40 anos. O médico foi atropelado pela jovem Iolanda Costa Fregonesi, na época com 22 anos, no dia 12 de novembro do ano passado. Ele passou 34 dias em coma e morreu em decorrência de traumatismo craniano. O atropelamento fez uma segunda vítima, Moacir Naoyuk Ito, que teve ferimentos leves.

Caso

Pedro Caldas, que ficou internado 34 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular de Palmas, após ser atropelado nas primeiras horas da manhã do dia 12 de novembro de 2017, na marginal leste da TO-050, em Palmas. Ele estava treinando com um grupo de atletas quando foi atingido pelo veículo conduzido por Iolanda Fregonesi, que estava com sinais incontestes de embriaguez, segundo o inquérito. Além disso, a moça não tinha habilitação. Com traumatismo craniano, Pedro Caldas teve coma induzido e foi transferido para a UTI de um hospital privado, onde acabou morrendo no dia 16 de novembro do ano passado.

No final de fevereiro deste ano, o Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia à 1ª Vara Criminal de Palmas em desfavor de Iolanda Costa Fregonesi. A denúncia foi feita pelo promotor de Justiça Lucídio Bandeira Dourado, que pediu a condenação de Iolanda, alegando que ela já era reincidente quando atropelou Pedro Caldas, uma vez que havia se envolvido em outro acidente com vítimas e naquela ocasião também estava sob efeito de álcool.

Inquérito

O inquérito policial foi concluído no dia 3 de janeiro pelo delegado adjunto da Delegacia de Repreensão a Crimes de Trânsito, Hudson Guimarães Leite. Segundo ele, as investigações comprovaram, por meio de testemunhos e provas periciais, que Iolanda estava embriagada quando invadiu a pista e atropelou os atletas.

Defesa

Após ser denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE), a defesa de Iolanda entrou com uma petição na Justiça pedindo para ser julgada por um juiz singular e não por Tribunal de Júri Popular. Além disso, a defesa apresentou outra versão do ocorrido no dia do atropelamento, ressaltando que Iolanda não estava embriagada e que ela se distraiu ao tentar apartar a briga de dois cachorros da família que estavam no banco de traz do veículo.