Os médicos e fisioterapeutas que prestaram serviços para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI-Covid) gerenciada pelo Instituto Sinai no Hospital Regional de Augustinópolis durante os meses críticos da pandemia da Covid-19, reclamam que não receberam os últimos pagamentos dos serviços prestados.  

O governo do Estado encerrou o contrato com o instituto em abril, mês que a empresa emitiu aviso prévio com os últimos contratados para o local antes de encerrar as atividades.

Conforme reclamação feita ao Jornal do Tocantins pelos funcionários, eles não receberam os acertos após o fim das atividades hospitalares e também reclamam que nunca assinaram nenhum contrato trabalhista com o Sinai, em relação aos serviços que prestavam. 

“O descaso é muito grande porque os serviços encerraram no dia 15 de abril e o mínimo era termos recebido o acerto e não recebemos e nem vamos receber e tão pouco os salários dos meses trabalhados”, afirma um dos funcionários ouvidos pelo JTo, que pede para não ser identificado. 

Os funcionários se sentem abandonados pela empresa. “Antes éramos heróis na pandemia e hoje o que recebemos é esse tratamento de uma empresa milionária, o Instituto Sinai”, afirma um dos que se sentem prejudicados.

Os funcionários afirmam que estavam na condição precária de prestadores de serviço e, por não haver nenhum contrato assinado com o instituto, não garante nenhum direito trabalhista.  “Não tem 13°, não tem férias, não tem insalubridade, porque não existe nenhum contrato”, reclama um profissional. 

O valor dos pagamentos de fisioterapeutas e dos médicos, segundo a queixa, era determinado de acordo com o número de plantões que realizavam.  Há caso de profissionais com dez plantões em Unidade de Terapia Intensiva para receber nos dois meses.

Instituto Sinai

Em nota enviada ao Jornal do Tocantins, o Instituto Sinai afirmou que a relação contratual com os médicos e fisioterapeutas que atuavam na UTI do Hospital Regional de Augustinópolis, não estabelecia vínculo empregatício direto com o Instituto. Segundo o Instituto Sinai, os profissionais foram contratados por empresas que forneciam o serviço para atender na operação.

Ainda de acordo com o instituto, quanto aos pagamentos em atraso, tanto para os médicos quanto para os fisioterapeutas, as notas emitidas pela empresa contratada no mês de março, “estão sendo quitadas na data de hoje (18/05/2022), e as notas emitidas em abril, serão quitadas até o dia 25/05/2022”.