O presidente da Câmara Municipal de Palmas, o vereador Folha, entrou nesta segunda-feira, 19, com um pedido de reintegração de posse da Casa. O pedido quer que a Justiça determine a saída dos servidores da rede municipal em greve que estão no local. Eles estão acampados na Casa desde o último dia 14 reivindicando a atenção da administração municipal. 

“Como eles não vai sair após as conversas, decidi tomar essa medida. O legislativo prometeu que organizaria uma reunião com a gestão e foi o que fez. Apesar da Casa ser do povo, o movimento já está atrapalhando o andamento da administração e dos trabalhos da Câmara”, explicou o vereador. Segundo Folha, o espaço da Casa não é grande e há muitos grevistas no local. “Os custos estão altos. Nossa caixa da água, por exemplo, está com dificuldade de se manter cheia”, coloca. 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado do Tocantins (Sintet), Fernando Pereira, informou que já foi avisado sobre o pedido e já tomou medidas. “Para evitar que seja caracterizado como foi oficializado pelo presidente já retiramos os colchões, barracas e mesas que é nosso. Nosso movimento se manterá somente de corpo presente no Casa, que é a Casa do povo”, explica. Além disso, segundo Pereira, durante o dia o grupo ficará no hall de entrada da Câmara e a noite ira para alguns gabinetes de vereadores que já cederam o espaço para o grupo.  

Greve

Nesta segunda-feira foi realizada uma reunião ontem entre o comando da greve de professores de Palmas e o secretário municipal de Educação, Danilo Melo, o Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado do Tocantins (Sintet). “Não foi apresentada nenhuma proposta que veio de encontro aos anseios da categoria, mas a administração já teve o reconhecimento que o diálogo é necessário”, relata. 

A greve teve início no último dia 5. Entre as reivindicações está o reajuste referente à data-base, implantação de um plano de cargos e carreira para a categoria, eleições diretas para diretor de escola e pagamentos dos passivos gerados a partir de janeiro deste ano, data em que a data-base deveria ter sido implantada.